O
dia 13 de junho de 2019 tornou-se histórico para comunidade LGBT brasileira,
com a criminalização de qualquer ato de discriminação por orientação sexual e
identidade de gênero pelo Supremo Tribunal Federal. A Kantar fez uma análise
usando sua solução de social listening para identificar o que estava sendo
comentado e o que motivava a discussão nas redes sociais no mês de junho e
precedendo o Dia do Orgulho LGBT, celebrado no dia 28.
Enquanto
em 2018 houve a publicação de 866 mil posts, 2019 presenciou mais de 1,7 milhão
de posts com temas relacionados ao Orgulho LGBT – um crescimento de 96%.
Entre
janeiro e junho dos dois anos, os principais picos aconteceram no Dia
Internacional de Combate à Homofobia (17 de maio). Mas em 2019 houve um novo
pico em fevereiro, quando o Supremo Tribunal Federal começou a discutir a
criminalização da homofobia, comparando-a ao crime de racismo.
As
palavras mais usadas
Entre
janeiro e junho de 2018, as palavras mais usadas nas publicações sobre Orgulho
LGBT, além da hashtag #OrgulhoLGBT, são gay, falar, preconceito, racismo,
machismo, sofrem. Já em 2019, com a discussão no STF, racismo, crime,
criminalização, STF e a hashtag #CriminalizaSTF tomam conta das mensagens
virtuais.
Os
emojis mais usados também sofreram uma transição entre os dois anos: o
arco-íris continua constante em 2018 e 2019, mas o coração vermelho dá lugar ao
punho fechado, símbolo de protesto.
Por
último, em uma análise de sentimento sobre as postagens indica que em 2018 o
conteúdo delas era mais comemorativo, enquanto em 2019, a tendência era muito
mais direcionada para o combativo.
Dois
importantes perfis no Twitter que catalizaram muitas das discussões sociais
estão o do jornalista William De Lucca (@delucca) e do site Quebrando Tabu
(@quebrandootabu).
As
marcas em tudo isso
Dentro
dessa transição de sentimento, muitas marcas resolveram se posicionar a favor
da luta da comunidade LGBT. “Para ter uma melhor resposta do público, as
empresas precisam ficar atentas às conversas que acontecem nas redes sociais
para se posicionar com propriedade e de forma genuína e transparente”, afirma
Elder Munhoz, Diretor de Operações Divisão Insights da Kantar. “Depois disso,
elas devem continuar com essa atividade de social listening para saber em quais
momentos dialogar e manter uma comunicação constante.”
Recomendações
para um bom posicionamento de marca
A
Kantar também reuniu algumas recomendações para marcas que desejam se
posicionar em relação a comunidade LGBT:
–
Seja ousado e desafie a publicidade que vem sendo produzida no seu mercado;
–
Verifique se você não está ofendendo mesmo que inconscientemente;
–
Desafie suposições e estereótipos ultrapassados;
–
Faça um trabalho contínuo, que ultrapasse o mês de junho, e que agregue e gere
valor internamente e externamente;
–
Posicione-se! Se esse for o território da sua marca;
–
Analise e esteja atento aos resultados e respostas a esse tipo de
posicionamento.
Sobre
a metodologia
A
Kantar utilizou sua solução de social listening para monitorar termos
relacionados ao Orgulho LGBT como: OrgulhoLGBT, Orgulho2019, AmorÉAmor,
ParadadoOrgulhoLGBT, homofobia e transfobia. O período de análise foi de
janeiro a junho de cada ano, o que resultou a análise de mais de 4,18 milhões
de posts divididos entre as redes sociais (Twitter = 96,9%, Instagram = 1,4%,
Blogs/ Comments/ Facebook = 1,7%).
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