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Pilotos e comissários de voo aprovam greve a partir de segunda-feira

Categoria reivindica reajuste salarial com reposição da inflação

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Reprodução/Youtube


Pilotos e comissários de voo aprovaram ontem (24), em assembleia da categoria, deflagrar greve nacional, por tempo indeterminado, a partir do primeiro minuto da próxima segunda-feira (29). De acordo com o Sindicato Nacional dos Aeronautas, a greve ocorre “contra a intransigência das companhias aéreas” nas negociações da renovação da Convenção Coletiva de Trabalho.De acordo com a entidade, a categoria reivindica reajuste salarial que contemple a reposição das perdas inflacionárias nos últimos dois anos, do período de 1º de dezembro de 2019 a 30 de novembro de 2021.

“Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação de 50% dos tripulantes por dia, enquanto os outros 50% permanecerão em serviço”, disse o sindicato, em nota.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) disse que desde a primeira reunião de negociação para a Convenção Coletiva, o Sindicato Nacional dos Aeronautas incentivou a categoria a estabelecer estado de greve, “sem qualquer consideração, contraproposta ou caminho alternativo para as pautas apresentadas pelas empresas para negociação, e, ainda, insistindo na reposição integral da inflação dos últimos 24 meses, ignorando a convenção coletiva vigente e a realidade financeira do setor”.

O sindicato patronal afirmou ainda que o Sindicato Nacional dos Aeronautas não está seguindo o previsto na Lei de Greve “ao estabelecer, unilateralmente, que apenas 50% do quadro efetivo permanecerá em atividade, inviabilizando a garantia da prestação de serviços essenciais e indispensáveis para sociedade”.

Confira a nota completa do Sindicato Nacional dos Aeronautas:

“São Paulo, 24 de novembro de 2021 – O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) vem a público esclarecer as questões acerca da greve anunciada pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA):

Desde a primeira reunião de negociação para a Convenção Coletiva, o Sindicato Nacional dos Aeronautas incentivou a categoria a estabelecer estado de greve, sem qualquer consideração, contraproposta ou caminho alternativo para as pautas apresentadas pelas empresas para negociação, e, ainda, insistindo na reposição integral da inflação dos últimos 24 meses, ignorando a convenção coletiva vigente e a realidade financeira do setor.

Ao abandonar as negociações na semana passada, após seis reuniões entre as partes e sem nenhuma flexibilização, o SNA impele a categoria para uma greve como única medida. Cumpre esclarecer também que o Sindicato Nacional dos Aeronautas não observa o rito legal previsto na Lei de Greve ao estabelecer, unilateralmente, que apenas 50% do quadro efetivo permanecerá em atividade, inviabilizando a garantia da prestação de serviços essenciais e indispensáveis para sociedade e deflagrando greve quando, ainda, há uma convenção coletiva vigente.

Vale destacar ainda que o envio de listas nominais de empregados que estariam “indisponíveis” fere a liberdade individual de escolha de cada empregado, que pode decidir aderir ou não ao movimento. As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.

Neste sentido, o SNEA acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, inclusive a greve, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade. O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) destaca ainda que adotará as medidas pertinentes que estejam ao seu alcance para assegurar a continuidade da prestação dos serviços essenciais de transporte aéreo para a população.”

CidadeMarketing com informações da Agência Brasil.

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