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Banrisul lança linha de crédito para custeio da produção de porongo

O financiamento irá possibilitar o uso de mais tecnologia no cultivo, proporcionando melhoria na qualidade dos frutos e, consequentemente, maior rentabilidade econômica na atividade e segurança no investimento.

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Representantes do Banrisul e da Emater anunciaram a linha de crédito para o custeio da cultura do porongo. Crédito da foto: Rogério Fernandes.

O Banrisul tem agora uma nova possibilidade de financiamento para produtores rurais, o custeio para a cultura do porongo, importante atividade econômica que gera renda, qualidade de vida e promove a sucessão familiar no meio rural, além de ser essencial para a valorização do maior símbolo do Rio Grande do Sul, o chimarrão.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (09), na Casa da Emater,  no Parque de Exposições Assis Brasil,  em Esteio. Estiveram presentes o diretor de Crédito do Banrisul,  Osvaldo Lobo Pires,  o presidente da Emater,  Edmilson Pelizari, o diretor técnico da entidade, Alencar Rugeri, e a superintendência de agronegócios do Banco, representada pelos executivos Andreia Araújo e Janir Damiani.

No Estado, a produção de porongo é expressiva em duas regiões, na Região Norte, em Frederico Westphalen, e na Região de Santa Maria. Na região de Frederico, são mais de 135 produtores envolvidos com a cultura, produzindo porongo em 896 hectares. Vicente Dutra é o município com a maior produção, seguido de Frederico Westphalen, Iraí e Palmeira das Missões. Na região de Santa Maria, o porongo é cultivado por 27 famílias, numa área de 365 hectares. Mesmo com a produção localizada nessas duas regiões, a cadeia produtiva do porongo é muito relevante pelo número de famílias envolvidas com a atividade.

A taxa de juro para o custeio de porongo pelo Banrisul será de 3% a.a., para agricultores familiares, abaixo da praticada pelo mercado, atualmente. O financiamento poderá ser enquadrado no Proagro Mais, desde que com indicação da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social, já que se trata de uma cultura não zoneada. O produtor deverá cumprir as normas do Proagro, inclusive quanto à comprovação de aplicação de insumos e a época de plantio recomendada pelo técnico. O valor liberado é de R$ 2,5 mil por hectare. O produtor rural interessado em acessar essa linha de crédito pode buscar mais informações junto à agência do Banrisul do seu município.

O cultivo do porongo é uma atividade que está inserida no Programa Gaúcho para Qualidade e Valorização da Erva-Mate, programa da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, executado pela Emater/RS-Ascar, que propõe, dentre outros objetivos, a melhoria constante dos produtos e ampliação da cadeia produtiva do porongo.

Para o diretor de Crédito do Banco, Osvaldo Lobo Pires, o Banrisul sabe da importância da agricultura familiar e a potencial geração de renda que a cultura do porongo proporciona  para diversas famílias. “O processo de produção agroindustrial dentro da agricultura familiar acarreta importante valorização da cultura e das especificidades locais, agregando valor ao produto e fomentando a economia regional. A Emater/RS é nossa parceira na elaboração dos projetos e na prestação de assistência técnica, por isso, agradecemos essa sinergia”, frisou.

De acordo com a Emater/RS-Ascar, essa ação é uma grande conquista para a atividade porongueira e foi criada para atender uma reivindicação feita pelos produtores. Em carta oficializada no município de Passo Fundo, durante o Encontro Estadual de Produtores de Porongo, os agricultores demandaram a criação de linhas de crédito, investimento e custeio, que favoreçam o acesso a recursos financeiros e viabilizem a melhoria contínua da cadeia produtiva do porongo. O financiamento irá possibilitar o uso de mais tecnologia no cultivo, proporcionando melhoria na qualidade dos frutos e, consequentemente, maior rentabilidade econômica na atividade e segurança no investimento.

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