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Maratona UNICEF Samsung: com acessibilidade para deficientes auditivos, jogo ensina sobre como evitar Infecções Sexualmente Transmissíveis

O aplicativo Biolingue, desenvolvido por estudantes de Santa Catarina, tem tradução completa em Libras e fala sobre prevenção do HIV e o tratamento de doenças como Aids e Sífilis

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A Samsung segue com a apresentação de cases relevantes da edição de 2020 da Maratona UNICEF Samsung e desta vez viaja para Santa Catarina, onde foi criado o Biolingue. O aplicativo, desenvolvido por quatro estudantes do Instituto Federal de Santa Catarina, tem como objetivo educar adolescentes e jovens sobre a prevenção e o tratamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e possui tradução completa na Língua Brasileira de Sinais (Libras).

“Ao ver projetos como esse, que exploram os benefícios da tecnologia e desenvolvem soluções para demandas sociais, temos a certeza de que estamos no caminho certo. Trabalhamos pela inclusão e ficamos orgulhosos de ver estudantes preocupados em espalhar essa mensagem”, destaca Isabel Costa, Gerente de Cidadania Corporativa da Samsung Brasil.

Criar recursos de acessibilidade era um dos principais objetivos do grupo liderado pela professora Daniela Satomi Saito e formado pelos alunos Ana Beatris Cittadin, Bruna Macedo, Kelvin Bruno Viana e Luis Carlos Amaral. A equipe identificou no próprio dia a dia no Instituto Federal que temas como sexo e doenças sexualmente transmissíveis, que ainda são tratadas como tabus na sociedade em geral, tinham ainda maior dificuldade de inserção entre deficientes auditivos.

“O nosso campus no Instituto Federal é bilíngue, libras-português. Temos um público grande de surdos e eles estão incluídos nas turmas. Por conta disso, todos os nossos estudantes têm uma sensibilidade para questões de inclusão”, explica a professora, que vem coordenando reuniões online para que o projeto seja finalizado e publicado no prazo estipulado pela Maratona UNICEF Samsung, em 5 de junho.

O Biolingue não é um app que se propõe a ensinar sobre prevenção e tratamentos de ISTs com textos e explicações convencionais. Os alunos catarinenses decidiram criar um jogo para dar um ar mais lúdico e leve a um tema sensível. Assim, enquanto o usuário aprende sobre saúde, é possível ainda se divertir com um jogo de plataforma com cinco fases.

Para começar o jogo, é preciso escolher no menu qual personagem será utilizado: Bill ou Bia, dois agentes de saúde que serão os responsáveis por dar informações sobre as ISTs. Os desafios elaborados pelo grupo envolvem a coleta de camisinhas, a fuga de obstáculos e a busca por pontos de interação, quando dúvidas sobre saúde são tiradas e perguntas precisam ser respondidas para aprimorar o conhecimento do personagem – e do usuário, obviamente.

Todo esse conteúdo está traduzido em Libras e o app conta até com um glossário que ajuda os usuários deficientes auditivos a ampliarem seu vocabulário com termos e expressões ligadas à saúde e às ISTs. Para deixar a experiência ainda mais completa para os surdos, variações de cor para indicar quem está falando e legendas em vídeos produzidos pela equipe foram aplicadas.

“Em pesquisa com professores de biologia e química, vimos quais eram as dificuldades dentro da comunidade surda no aprendizado na escola ou para assuntos considerados tabus. Mas, além de incluir os deficientes auditivos, também queríamos que o jogo funcionasse para ouvintes e alunos do Ensino Médio”, afirma Bruna Macedo, estudante do ensino técnico integrado em Comunicação Visual e uma das designers do aplicativo.

A experiência proporcionada pela Maratona UNICEF Samsung fez com que Kelvin Bruno Viana, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo, tenha feito uma programação pela primeira vez na vida e motiva o aluno a explorar o app e o tema em seu trabalho de conclusão de curso no Instituto Federal de Santa Catarina. Para Ana Beatris Cittadin, estudante do ensino técnico integrado em Comunicação Visual e corresponsável pela área de design do jogo, a criação do Biolingue pode inspirar mais alunos da rede pública.

“Queremos também engajar outros alunos de escolas públicas a participarem. Mostramos que todos temos capacidade de desenvolver um app que estimule novas habilidades e reúna conteúdos pedagógicos e de tecnologia. Vimos que é possível, que há um caminho. Colocamos em prática o que aprendemos no curso e foi uma experiência muito boa”, celebra Ana Beatris.

O app Biolingue está entre as 19 equipes selecionadas para a fase final da Maratona UNICEF Samsung. As últimas etapas do programa seguem totalmente online, tanto para o trabalho de mentoria, já em andamento, quanto para as bancadas de avaliação, previstas para acontecer entre os dias 18 e 29 de maio. A versão final dos aplicativos deve ser publicada até 5 de junho.

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