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Marketing: Para não falhar na lição de casa

Como sempre digo: Não somos responsáveis por tudo que afeta os nossos negócios.

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Todas as empresas e empreendedores individuais encontram-se imersos em milhares de interações de natureza tecnológica e comportamental que definem o cenário onde terão que estabelecer sua rota estratégica e ações táticas.

Muito embora o mundo se torne mais complexo a cada instante: novos canais surjam, estilos de comunicação sofram profundas alterações e haja uma progressiva mutação no modo como o mercado decide satisfazer suas necessidades (básicas e complementares), algumas coisas continuam válidas:

1) Mesmo possuindo excelente feeling e intuição, em mercados mais complexos, o grau de racionalidade é demanda crescente e condição sine qua non de sustentabilidade de todo e qualquer negócio;
2) Tornar a complexidade do ambiente de negócios suficientemente navegável é papel da gestão e do planejamento, em especial da elaboração de um bom plano de negócios; e,
3) Pensar no curto, médio e longo prazos, logo de saída tornou-se uma necessidade, o que pressupõe um plano de marketing estratégico e outro tático.

Ou seja, a seguinte lista de conceitos/ações continua indispensável:

a. Definição da missão, visão e valores
b. Análise de impacto financeiro
c. Análise SWOT
d. Análise de risco
e. Análise de Portfólio
f. Objetivos de Marketing (ênfase em posicionamento)
g. Plano de negócios
h. Estratégias de Marketing
i. Gestão de capitais intangíveis, recursos e budget
j. Plano de Contingências

Claro que muitas novas nuances definem o momento atual do mercado; quando pensamos em sucesso no longo prazo, muitas vezes não estamos pensando em empresas centenárias como no passado, ou empresas cujo core competence não sofra alterações significativas, mas estamos pensando em empresas que poderão ser negociadas no futuro com excelente valor de mercado para todos os seus stakeholders (sejam dois sócios e alguns funcionários e parceiros em um pequeno negócio, ou uma enorme rede de investidores e fundos em grandes corporações). Longevidade passa a ser medida não somente em tempo, mas em capacidade futura de monetização de ativos e esforços de marketing demandados até então. Lembremos que algumas companhias serão compradas por outras maiores para serem incorporadas; outras, simplesmente para serem fechadas.

Para que nosso empreendimento e carreira possam estar up to date com a era em que vivemos, alguns clássicos da lição de casa precisam estar sempre muito bem feitos:

1) Cuidar com excelência de sua equipe e seus clientes, com zelo inteligente, sincero e dedicado;
2) Continuar inovando e gerando diferenciais nobres (não pobres);
3) Cultivar uma insatisfação transformada em “paranoia produtiva”;
4) Criar mecanismos para que os parceiros participem efetivamente do crescimento;
5) Crescer inteligentemente, mais em qualidade, volume de negócios e resultado que, necessariamente, em tamanho;
6) Viver efetivamente seus valores; e,
7) Não cultivar a doença do anacronismo.

Como sempre digo: Não somos responsáveis por tudo que afeta os nossos negócios, mas somos responsáveis por tudo o que nosso negócio é capaz de afetar.

Fazer bem feita a lição de casa do marketing sempre dividirá o mundo entre profissionais e amadores, pessoas com “sorte” e criadoras de “sorte”.

Afete o mercado, afete sua equipe, afete seus clientes, afete a concorrência, afete os entrantes, veteranos, investidores, enfim, afete o mundo com uma identidade tão profunda, fundamentada e única que seja impossível ser indiferente à sua existência no universo.

 

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