O Brasil alcançou o 7º lugar no Kantar Inclusion Index, primeiro índice global de inclusão e diversidade baseado exclusivamente em feedbacks de funcionários de todo o mundo. Os resultados saíram de entrevistas com mais de 18 mil pessoas, em 14 países e 24 setores diferentes com o objetivo de ajudar as empresas a entender e abordar melhor a inclusão, a diversidade e a igualdade no local de trabalho considerando determinantes como gênero, etnia, idade, orientação sexual, saúde e bem estar no trabalho.
De
acordo com o estudo, os colaboradores brasileiros enfrentam desafios no
ambiente profissional e sentem dificuldades em compartilhar os seus problemas
internamente. Do total de entrevistados, 67% disseram não se sentir
confortáveis para reportar comportamentos negativos para a liderança ou aos
gestores de recursos humanos e 25% responderam que foram assediados ou
intimidados nos últimos 12 meses.
Outros achados sobre o Brasil:
–
41% afirmam que se sentiram desconfortáveis no local de trabalho no útimo ano
–
35% observaram discriminação negativa em relação a outras pessoas dentro da
empresa
–
34% dizem enfrentar obstáculos em suas carreiras relacionados ao gênero, idade,
etnia, orientação sexual, etc.
–
28% sentem que suas empresas precisam ser mais inclusivas e diversas do que são
atualmente
–
22% dos funcionários sentem que as oportunidades não são direcionadas para as
pessoas mais merecedoras.
A constação que mais deve alertar os
departamentos de RH brasileiros é relacionada ao bullying. O país é identificado
com o maior nível de discriminação no ambiente de trabalho, ao lado de México e
Cingapura.
O
indicador destaca a importância de as empresas brasileiras desenvolverem uma
gestão ainda mais inclusiva, que verdadeiramente faça a diferença na vida dos
colaboradores. “Diversidade é o fato. Inclusão é o ato. A inclusão sempre foi
mais difícil de medir. No entanto, agora, o Índice de Inclusão, da Kantar,
produz uma métrica tangível que permite que a organização identifique lacunas
em seus negócios e detecte o que precisa ser resolvido”, afirma Mandy Rico,
diretor global do Kantar Inclusion Index. “Empresas com equipes de
gerenciamento mais plurais têm performance superior à média, o que resulta em
crescimento e inovação. Fato comprovado no índice quando olhamos os resultados
dos primeiros colocados como Canadá e EUA.”
Resultados de outros países
Entre
os 14 países, o Canadá lidera o Índice de inclusão. Os motivos determinantes
que colocaram o País no topo da lista foram a representatividade adequada de gênero
entre cargos seniores (mais de 40% do sexo feminino), o fato que 65% dos
canadenses acreditam que suas empresas demonstram de forma concreta a intenção
de se tornarem mais inclusivas e diversas e o apoio prestado a todos os
funcionários, independentemente de quem eles são.
PRINCIPAIS
RESULTADOS GLOBAIS
·
Entre os funcionários em
todo o mundo, 80% testemunharam ou vivenciaram discriminação, mas apenas 1 em
cada 3 sentem-se encorajados para levar o assunto ao seu departamento de RH.
·
Quase metade dos
funcionários (46%) acredita que o famoso QI de “quem indica” é o
fator que verdadeiramente impulsiona a ascensão profissional, em vez de seus
conhecimentos.
Bullying e Assédio:
·
Quase 1 em cada 5 (19%)
funcionários foi intimidado, prejudicado ou assediado no local de trabalho no
ano passado, número que aumenta para 23% para pessoas de origem étnica
minoritária e 24% para indivíduos que se identificam com gêneros não-binários.
·
Quase 1 em cada 3 (32%)
funcionários que atuam na indústria da Mídia relata ter sofrido bullying no
local de trabalho.
Gêneros:
·
Mais de um quarto (27%)
das mulheres foram induzidas a sentir que não pertenciam ao seu local de
trabalho.
·
Uma em cada cinco (20%)
mulheres acredita que recebe menos do que seus colegas em posições semelhantes.
·
Os indivíduos que se
identificam como LGBTQ+ ocupam apenas 2% das posições dentro do conselho de
administração das empresas, contra 9% da força de trabalho global estimada.
·
Um quarto (24%) da
população LGBTQ+ sofreu bullying no trabalho no ano passado.
·
Mais de um terço da força
de trabalho LGBTQ+ (36%) acredita ter enfrentado obstáculos em termos de
ascensão profissional devido à sua orientação sexual.
·
Mais da metade dos
indivíduos LGBTQ+ sofrem de elevados e contínuos níveis de estresse, além de
ansiedade e problemas de saúde mental no trabalho.
Minorias étnicas no
ambiente de trabalho:
·
Entre os funcionários, 11%
que se identificam como minoria étnica acreditam que são tratados de forma
muito diferente no trabalho por causa de sua etnia. Já 13% se sentem excluídos
e 28% se sentem ansiosos com frequência.
·
Quase 1 em cada 5 (19%)
dos trabalhadores acredita que a origem étnica foi a razão para que a ascensão
profissional de seus colegas de minorias étnicas fosse prejudicada.
Saúde e bem-estar no
local de trabalho:
·
Aproximadamente um terço
dos trabalhadores (35% das mulheres/ 37% dos homens) sentem-se constantemente
ansiosos no trabalho – um percentual que aumenta para 40% entre os indivíduos
que se identificam neutros em termos de gênero.
·
60% dos trabalhadores são
responsáveis pelo cuidado de parentes. 38% sentem que são deixados de fora no
trabalho em decorrência dessas responsabilidades.
Anuncie no CidadeMarketing