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Com vagas temporárias no comércio, taxa de desocupação cai para 11,2% em novembro

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Divulgação/IBGE

As vagas temporárias abertas no comércio para fazer frente às datas comemorativas de final de ano contribuíram para a queda de 0,7 ponto percentual na taxa de desocupação, que ficou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro. É a maior redução da série histórica, que se iguala ao trimestre encerrado em agosto de 2017 (-0,7 p.p). Com crescimento de 0,8%, a população ocupada chega ao recorde de 94,4 milhões de pessoas. Mesmo assim, mais de 11,9 milhões de pessoas ainda buscavam trabalho no país. Os dados são da PNAD Contínua de novembro, divulgada hoje pelo IBGE.

Em relação ao trimestre anterior, foram cerca de 785 mil pessoas ocupadas a mais no mercado de trabalho. No setor do Comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a 338 mil postos de trabalho gerados. Em segundo lugar ficou o setor de Alojamento e alimentação, com mais 204 mil ocupados, seguido por Construção, com 180 mil vagas.

Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017. “Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficiente para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano”, explicou.

A queda na taxa de desemprego foi acompanhada por aumento de 1,1% na geração de empregos com carteira de trabalho, o maior crescimento desde o trimestre encerrado em maio de 2014. Foram 378 mil pessoas a mais com carteira, totalizando 33,4 milhões de trabalhadores nessa categoria. No confronto com o trimestre de setembro a novembro de 2018, houve expansão de 1,6% (acréscimo de 516 mil pessoas).

A melhoria da carteira, no entanto, tem sido acompanhada pelo crescimento nos indicadores de informalidade. Por exemplo, foi registrado no trimestre crescimento de 1,2% dos trabalhadores por conta própria, ou seja, mais 303 mil pessoas se juntando ao contingente de 24,6 milhões de pessoas nessa posição. Com isso, a população ocupada informal atingiu 38,8 milhões de pessoas.

“Esse movimento da carteira é positivo, mas não é suficiente para uma mudança na estrutura do mercado de trabalho. A despeito dessa reação, durante todo o ano houve crescimento nas categorias relacionadas à informalidade, como conta própria e empregado sem carteira”, concluiu Adriana Beringuy.

Balanço Completo:

taxa de desocupação (11,2%) no trimestre móvel encerrado em novembro de 2019 caiu nas duas comparações: – 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre junho /agosto de 2019 (11,8%) e -0,4 p.p. em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,6%).

população desocupada (11,9 milhões de pessoas) teve redução em ambas as comparações: -5,6% (ou 702 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre móvel anterior e -2,5% (300 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

população ocupada (94,4 milhões), novo recorde da série histórica, cresceu em ambas as comparações: 0,8% (mais 785 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A população fora da força de trabalho (65,1 milhões de pessoas) permaneceu estável em ambas as comparações.

taxa composta de subutilização da força de trabalho (23,3%) variou -1,0 p.p. em relação ao trimestre móvel anterior (24,3%) e -0,5 p.p. em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018 (23,8%).

população subutilizada (26,6 milhões de pessoas) caiu -4,2% (menos 1,179 milhão de pessoas), frente ao trimestre móvel anterior e -1,1% (menos 304 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

população desalentada (4,7 milhões) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações, assim como o percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,2%).

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 33,4 milhões e cresceu em ambas as comparações: 1,1% (mais 378 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e 1,6% (mais 516 mil pessoas) contra o mesmo trimestre de 2018. A categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões de pessoas) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações.

O número de trabalhadores por conta própria, novo recorde na série histórica, chegou a 24,6 milhões de pessoas e cresceu nas duas comparações: 1,2% (mais 303 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e 3,6% (mais 861 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

rendimento médio real habitual (R$ 2.332) no trimestre móvel terminado em novembro de 2019 não teve variação significativa em nenhuma das comparações.

massa de rendimento real habitual (R$ 215,1 bilhões) cresceu nas duas comparações: 2,1% frente ao trimestre anterior e 3,0% frente ao mesmo trimestre de 2018.

nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 55,1%, com alta de 0,4 p.p. em relação ao trimestre de junho a agosto de 2019 (54,7%) e, também, de 0,4 p.p. em relação a igual trimestre de 2018 (54,7%).

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 106,3 milhões de pessoas, ficou estável em relação ao trimestre móvel anterior e cresceu 1,1% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

força de trabalho potencial (7,8 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações.

O contingente fora da força de trabalho, no trimestre de setembro a novembro de 2019, foi estimado em 65,1 milhões de pessoas e ficou estável em ambas as comparações.

O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (6,9 milhões) recuou (-4,0%, ou menos 286 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2018.

A categoria dos empregadores (4,5 milhões de pessoas) cresceu 3,1% (mais 135 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2018.

Nas categorias dos trabalhadores domésticos (6,4 milhões de pessoas) e dos empregados no setor público (11,7 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, não houve variações estatisticamente significativas.

Em relação ao trimestre móvel anterior, a ocupação cresceu em três grupamentos de atividade: Construção (2,7%, ou mais 180 mil pessoas), Comércio e reparação (1,9% ou mais 338 mil pessoas) e Alojamento e Alimentação (3,8% ou mais 204 mil pessoas). Houve recuo na Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3% ou menos 198 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa nesta comparação.

Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018, houve aumento da ocupação em dois grupamentos de atividade: Indústria (2,7% ou mais 321 mil pessoas) e Transporte, armazenagem e correio (5,3%, ou mais 247 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa nesta comparação.

Quanto ao rendimento médio real habitualmente recebido no trabalho principal, na comparação com o trimestre móvel anterior, houve altas em dois grupamentos: Alojamento e Alimentação (4,4%) e Outros Serviços (4,3%), com estabilidade nos demais. Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018, o rendimento de todos os grupamentos ficou estável.

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