A Netflix passou a restringir o acesso a parte de seu catálogo para usuários do plano básico com anúncios no Brasil. A modalidade, que custa R$ 20,90 por mês, permite assistir em qualidade Full HD e em até duas telas simultâneas, mas exibe propagandas durante a exibição de filmes e séries. Agora, além dos anúncios, os assinantes também enfrentam o bloqueio de determinados títulos por questões de licenciamento.
Ao tentar acessar produções como a série House of Cards e o filme Kung Fu Panda, o usuário se depara com o aviso: “Não disponível no plano com anúncios devido a restrições de licenciamento”. Para liberar o conteúdo, a plataforma orienta a migração para um plano superior, sem anúncios.
Estratégia para impulsionar planos premium
Lançado para atrair consumidores sensíveis a preço, o plano com anúncios vem sendo tratado como porta de entrada para o ecossistema da Netflix. Especialistas do mercado avaliam que o bloqueio de títulos populares também funciona como estímulo para que usuários migrem para planos mais caros, ampliando a receita média por assinante.
Atualmente, os planos superiores oferecem catálogo completo, maior qualidade de imagem e ausência de publicidade.
Mudança ocorre em meio a negociações no mercado
A decisão acontece em um momento estratégico para a companhia, que estaria em negociações para adquirir a Warner Bros. Discovery, grupo que controla marcas como HBO Max. Caso a movimentação se concretize, a Netflix pode reforçar ainda mais seu portfólio de conteúdos, ao mesmo tempo em que ajusta sua estrutura de planos e monetização.
Reação dos usuários
Nas redes sociais, assinantes demonstram frustração com a novidade. Muitos afirmam que não tinham clareza de que o plano com anúncios também implicaria acesso limitado ao catálogo, o que reacende o debate sobre transparência e custo-benefício da modalidade. “Fui assistir um programa na Netflix e está bloqueado, mandaram eu mudar para um plano mais caro para poder assistir”, afirmou João pelo X. Outros usuários pediram intervenção do Procon e outros órgãos de defesa do consumidor.
Mesmo com as críticas, a Netflix mantém a estratégia de diversificar ofertas para diferentes perfis de público, apostando no modelo híbrido de assinatura e publicidade como um dos pilares de crescimento.



























