Nesta segunda-feira (1º), data em que o Jornal Nacional comemora 56 anos no ar, a Globo anunciou a despedida de William Bonner da bancada do telejornal. Após 29 anos como apresentador — sendo 26 deles também na função de editor-chefe — Bonner ficará no comando do JN até o dia 3 de novembro, quando passará o posto para César Tralli, que dividirá a apresentação com Renata Vasconcellos.
A atual editora-chefe adjunta do JN, Cristiana Sousa Cruz, que há seis anos atua ao lado de Bonner na chefia do telejornal, assumirá a função de editora-chefe. A movimentação marca uma transição histórica no principal telejornal do país.
A partir de 2026, William Bonner passará a apresentar o Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg, realizando um antigo desejo de integrar a equipe do programa. “São 29 anos e quatro meses de JN. Exatos 26 anos como chefe da equipe de editores, comandando reuniões, avaliando pautas, planejando edições, apresentando as notícias a milhões. Nesse período, tornei-me pai, vi minhas crianças acharem que se tornaram adultos. Mudaram de endereço, até de país. Ser recebido pelo Globo Repórter me deixa honrado e gratíssimo. Todos os meus amigos me ouviram falar do sonho de integrar essa equipe quando pudesse deixar o JN. De todos os programas do jornalismo já existentes quando cheguei à Globo, é o único em que nunca atuei, nem interinamente, em 39 anos.”, afirmou o jornalista.
Bonner chegou à Globo em 1986, atuou no SPTV, Jornal Hoje, Fantástico e Jornal da Globo, até assumir a bancada do JN em 1996. Três anos depois, tornou-se editor-chefe.
As alterações não se limitam ao Jornal Nacional. Roberto Kovalick assumirá o comando do Jornal Hoje; Tiago Scheuer será o novo âncora do Hora Um; e, em 2026, Bonner se junta a Sandra Annenberg no Globo Repórter.
O diretor-geral de Jornalismo da Globo, Ricardo Villela, destacou que a transição foi planejada nos últimos cinco anos, com foco na confiança do público: “Mudanças na apresentação dos telejornais são tratadas com muita responsabilidade por aqui. É reconfortante olhar para o time da Globo e encontrar os profissionais com o talento, a experiência, o compromisso com os valores do jornalismo profissional e a história de diálogo com o público essenciais a esse papel fundamental.”
Até novembro, Bonner seguirá à frente do Jornal Nacional, conduzindo as edições finais de sua trajetória no telejornal mais assistido do país.