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Série da TV Brasil visita Laranjeiras, estádio do Fluminense, neste domingo (5/2)

Produção da emissora pública revela histórias, personagens e números do local

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Divulgação/TV Brasil

O segundo episódio inédito da temporada de estreia da série documental Estádios Históricos, produção própria da TV Brasil, percorre as Laranjeiras, sede do Fluminense, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, neste domingo (5), às 18h30. O conteúdo exclusivo fica disponível no app TV Brasil Play.

A atração traz um papo com figuras associadas à trajetória do clube como o massagista Gegê, funcionário do Fluminense; o músico Toni Platão, torcedor fanático do tricolor; e o ex-jogador e ex-técnico de futebol do time, Ricardo Gomes, formado nas categorias de base da tradicional equipe carioca.

A nova edição do seriado também tem o depoimento de especialistas que ajudam a explicar a importância do célebre Estádio das Laranjeiras. Participam deste programa a pesquisadora Leda Costa, o professor e historiador Glauco Costa e o jornalista Dhaniel Cohen, gerente do FluTV e do Flu-Memória.

A primeira temporada visita seis estádios em São Paulo e sete no Rio de Janeiro. As atrações paulistas são: Canindé (Portuguesa), Vila Belmiro (Santos), Brinco de Ouro da Princesa (Guarani), o Moisés Lucarelli (Ponte Preta), Rua Javari (Juventus) e Nicolau Alayon (Nacional), apresentado na estreia.

Já no Rio de Janeiro, a produção percorre sete construções históricas do futebol carioca. Na capital fluminense, os destinos são Laranjeiras (Fluminense), São Januário (Vasco), Gávea (Flamengo), Moça Bonita (Bangu), Luso-Brasileiro (Portuguesa) e Ronaldo Nazário (São Cristóvão). No Sul do estado, o programa mostra o Raulino de Oliveira (Volta Redonda).

Jogos e conquistas marcantes

A imponente construção fincada ao lado do Palácio Guanabara, sede do poder político do estado do Rio de Janeiro, é também berço da seleção brasileira. Foi lá que o escrete canarinho estreou na década de 1910 e mantém desempenho invicto, sem conhecer o sabor amargo da derrota.

O gramado foi palco de jogaços e conquistas importantes para a história do Fluminense. O time disputou clássicos como dono de casa e conseguiu vitórias emblemáticas com o apoio da torcida tricolor impulsionando o elenco.

O estádio ainda marcou títulos de diversos clubes da Cidade Maravilhosa como os rivais Flamengo, Vasco e Botafogo. Equipes tradicionais como o América (RJ) e o Bangu também levantaram taças nas Laranjeiras. O campo era referência principalmente no período anterior ao Maracanã, inaugurado para a Copa do Mundo de 1950, disputada no país.

Batizado com o nome de Manoel Schwartz no ano de 2004, em homenagem ao vitorioso presidente do clube na década de 1980, o estádio também já foi conhecido pela designação popular de Álvaro Charles, rua em que se situa, no bairro das Laranjeiras, área nobre da capital do Rio.

Inaugurada em 1919 com estrutura de cimento, a construção é uma pérola com verdadeiro espaço de história, memória e afeto para o torcedor brasileiro. Além da casa do tricolor, a centenária arena presenciou atividades políticas e culturais, além de comemorações marcantes dos anfitriões.

O Estádio das Laranjeiras chegou a ter a capacidade ampliada para 25 mil torcedores em sua ampliação nos anos 1920. Apesar disso, em 2016, o público máximo da arquibancada foi reduzido para 8 mil pessoas.

A construção sofreu o crescimento da região e a urbanização do bairro. O estádio perdeu parte da área de seu terreno construído e uma das arquibancadas. Sediou jogos emblemáticos, inclusive uma decisão de Copa do Brasil. O último título tricolor no estádio foi a Taça Guanabara de 1993 sobre o Volta Redonda.

O local ainda é essencial para a formação e o desenvolvimento de diversas gerações de profissionais do futebol contemporâneo. Atualmente, o estádio acompanha treinos e duelos das categorias de base tricolor e do futebol feminino. O patrimônio ainda guarda registros épicos do esporte brasileiro eternizados por lá.

Depoimentos emocionantes

O saudoso goleador Ézio foi o maior artilheiro das Laranjeiras no período da década de 1980 até os anos 2000. O atacante balançou as redes da meta do estádio com 44 gols. Pelo Estatuto do Torcedor, a partir de 2003, o Fluminense parou de sediar partidas oficiais do time profissional no gramado das Laranjeiras.

“Eu tenho ótimas lembranças. Você tinha o apoio da torcida e um ambiente favorável O treino de sábado, o chamado dois-toques, era lotado de apoiadores, sócios e torcida”, comenta Ricardo Gomes, ex-atleta formado nas categorias de base do clube.

O craque da defesa tricolor endossa seu carinho e gratidão ao clube. “A minha educação esportiva foi nas Laranjeiras. Cheguei adolescente e me tornei adulto aqui. Sou grato ao Fluminense pela minha formação esportiva”, ratifica o entrevistado que seguiu no futebol como técnico após pendurar as chuteiras.

Outro convidado que valoriza sua relação com o estádio é o músico Toni Platão, aficionado pelo time “das três cores que traduzem tradição”, como diz o hino composto por Lamartine Babo. “Eu tenho uma sensação de pertencimento muito forte ali”, quando se refere às arquibancadas do estádio.

O artista conta que sempre frequentou as Laranjeiras e gostava de acompanhar os jogos da equipe do coração com os amigos. “Arquibancada é local de encontro. Muito parecida com a praia, no Rio de Janeiro. Você vai e conhece as pessoas daquele lugar. Os estádios eram assim”, recorda.

Toni Platão ainda lembra da emoção de assistir às estreias de Ézio e Bobô com o uniforme do clube e comemorar os gols do saudoso artilheiro. Ele destaca que além de fã dos astros de diversas gerações do elenco, passou a criar laços de amizade com muitos deles.

“Joguei no estádio das Laranjeiras algumas vezes. No aniversário do Fluminense sempre tinha uma pelada com ex-jogadores, artistas e jornalistas. Fui em diversos anos e tenho histórias memoráveis. Assis, Romerito, Deley e Paulo Vitor, Ailton se tornaram grandes amigos”, afirma o músico que chegou a fazer gol e celebrar com os veteranos do gramado.

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