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Eternit aumenta receita em 138% no 1º tri e apresenta melhor desempenho na venda de telhas desde 2016

Empresa registrou receita líquida de R$ 270 milhões – quarto trimestre consecutivo de crescimento – EBITDA de R$ 82 milhões e lucro líquido de R$ 58 milhões

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A Eternit S.A. (ETER3) – companhia especializada no fornecimento de matérias-primas, produtos e soluções para o setor de construção civil, e líder de mercado no segmento de coberturas – apresentou, nesta terça-feira, 11, relatório financeiro sobre o exercício do primeiro trimestre de 2021, que confirma a forte recuperação da empresa, em Recuperação Judicial desde março de 2018. Foram registrados aumento de receita líquida pelo quarto trimestre consecutivo, reversão de prejuízo sobre o mesmo período do ano anterior, além de dados positivos para geração de caixa e cronograma de investimentos, projetados para garantir a sustentabilidade da expansão da companhia.

No primeiro trimestre do ano, a receita líquida da Eternit disparou 138% frente ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 270,3 milhões, contra R$ 113,6 milhões acumulados em janeiro, fevereiro e março de 2020. Na comparação com os últimos três meses do ano passado, o aumento foi de 18%, resultando em um lucro líquido ajustado de R$ 58,26 milhões, excluídos os eventos não recorrentes líquidos de IR/CSLL. O desempenho confirma a reversão de prejuízo de pouco mais de R$ 11 milhões observado no primeiro trimestre de 2020 pela companhia.

Como consequência, a Eternit ostenta no começo de 2021 uma alta consistente em sua capacidade de geração de caixa com a própria operação, com o indicador Ebitda ajustado totalizando R$ 85 milhões – em variação positiva de 26% frente ao trimestre anterior. O Ebitda aufere lucros obtidos pela corporação antes de juros, impostos, depreciação e amortizações.

As dívidas da empresa também fecham o período encerrado em março de 2021 em posição bastante confortável. O endividamento bruto consolidado totalizou R$ 68,2 milhões para uma disponibilidade de caixa de R$ 216,3 milhões. Assim, o caixa líquido é de R$ 148,1 milhões no primeiro trimestre, frente a uma posição de R$ 14,8 milhões no encerramento de 2020.

Telhas

Considerado o carro-chefe da Eternit, as telhas de fibrocimento tiveram o melhor primeiro trimestre em volume de vendas desde 2016, crescendo 53% em comparação ao primeiro trimestre de 2020 e 9,8% frente ao quarto trimestre do mesmo ano.

“O bom desempenho comercial do segmento de fibrocimento vem sendo sustentado pela implementação da estratégia baseada no aumento da cobertura geográfica e na pulverização das vendas. Em um ano, expandimos 65% o número de municípios atendidos de forma direta e mais que dobramos a base de clientes”, destaca Luís Augusto Barbosa, presidente do Grupo Eternit.

Outro destaque fica para o volume de vendas de placas e painéis cimentícios, que apresentaram crescimento de 27% em um ano, e de 21% frente ao quarto trimestre de 2020, registrando o terceiro trimestre consecutivo de aumento nas vendas. “O crescimento nas placas e painéis cimentícios é muito importante para nós, pois trata-se de outra frente de crescimento definida em nosso planejamento estratégico”, afirma Barbosa.

Investimentos e modernização

Além do crescimento puxado pela continuidade das obras residenciais e comerciais, pelos novos lançamentos imobiliários e pela expectativa da retomada das obras de infraestrutura pelo Governo Federal, a Eternit cresce à base de investimentos em seus processos de produção do fibrocimento. “Estamos ampliando em 25% a capacidade instalada da fábrica de Goiânia e 15% da fábrica do Rio de Janeiro, representando um adicional de capacidade de 7 mil toneladas por mês”, informa Barbosa. A ampliação do projeto no Rio de Janeiro tem conclusão prevista para o final deste ano e o projeto em Goiânia tem previsão de partida no início de 2022.

De olho no mercado sustentável, a Eternit informa que segue com o projeto da Tégula Solar, realizando a instalação de cinco novos projetos-piloto de telhas fotovoltaicas de concreto BIG-F10, totalizando, ao final de março, a implantação de seis projetos-pilotos para avaliação de desempenho do produto. O início da comercialização está previsto para o segundo semestre de 2021.

Em 29 de março, a companhia realizou uma oferta vinculante para aquisição da Confibra, no valor de R$ 110 milhões. Segundo o presidente, a aquisição representará um aumento de capacidade de cerca de 20% no parque industrial de produção de telhas de fibrocimento e está em linha com a estratégia de crescimento e consolidação setorial, proporcionando elevação imediata da capacidade instalada e da participação de mercado da Eternit, sem provocar excedente de produção na indústria. “Haverá captura de sinergias com o ganho de escala de produção, com destaque para a ocupação plena da unidade de Manaus, que passará a fornecer as fibras de polipropileno para a Confibra”, afirma Barbosa. O processo de compra da empresa está em due diligence.

Recuperação Judicial

Em cumprimento ao Plano de Recuperação Judicial, em janeiro deste ano, foi iniciado o fluxo de pagamentos do único credor da Classe II, que prevê um total de 126 parcelas mensais, tendo sido desembolsado R$ 1,4 milhão no primeiro trimestre de 2021. O que equacionou definitivamente a Classe II.

No início deste ano, ocorreu a alienação da UPI Louças Sanitárias, que rendeu à Eternit R$ 97,5 milhões líquidos. Em abril, a Eternit realizou pagamentos de R$ 92,2 milhões aos credores concursais da Classe III, quitando a totalidade dos créditos da Opção B e antecipando cerca de 82% do saldo dos credores da Opção A aptos para recebimento na data.

No último dia 5 de maio, a companhia realizou o leilão judicial de alienação do imóvel de Aparecida de Goiânia, obtendo R$ 24,5 milhões. Os recursos levantados serão suficientes para a completa quitação dos credores concursais da Opção A da Classe III.

Novo Ciclo.

“A Eternit está encerrando seu ciclo de reestruturação com sucesso; mudamos a tecnologia, redefinimos nosso portfólio de negócios e readequamos nossa estrutura; com isso, recuperamos nossa rentabilidade. Agora estamos iniciando um ciclo de crescimento, com ações para aumento da cobertura de mercado, consolidação do setor e projetos de inovação”, completa Barbosa

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