O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou deflação de -0,02% em agosto. Essa é a primeira vez que o indicador apresenta queda desde junho de 2023. A notícia, divulgada pelo IBGE, indica uma desaceleração da inflação e traz alívio para os consumidores.
A deflação em agosto foi influenciada principalmente pela queda nos preços de alimentos e bebidas (-0,44%), com destaque para a batata inglesa, o tomate e a cebola. Além disso, a redução nas tarifas de energia elétrica em diversas cidades também contribuiu para a desaceleração da inflação.
Alimentação e bebidas: A queda nos preços de alimentos como batata, tomate e cebola, combinada com a segunda queda consecutiva da alimentação no domicílio, foi um dos principais fatores para a deflação em agosto.
Habitação: A redução nas tarifas de energia elétrica, especialmente em cidades como São Paulo, Vitória e Belém, contribuiu significativamente para a queda dos preços no grupo de habitação.
Transportes: A estabilidade dos preços dos combustíveis, com destaque para a queda do etanol, também influenciou o resultado final.
Educação: O grupo de educação registrou alta, impulsionado pelos cursos regulares, principalmente ensino superior e fundamental.
IPCA – Variação e Impacto por grupos – mensal |
Grupo |
Variação (%) |
Impacto (p.p.) |
Julho |
Agosto |
Julho |
Agosto |
Índice Geral |
0,38 |
-0,02 |
0,38 |
-0,02 |
Alimentação e bebidas |
-1,00 |
-0,44 |
-0,22 |
-0,09 |
Habitação |
0,77 |
-0,51 |
0,12 |
-0,08 |
Artigos de residência |
0,48 |
0,74 |
0,02 |
0,03 |
Vestuário |
-0,02 |
0,39 |
0,00 |
0,02 |
Transportes |
1,82 |
0,00 |
0,37 |
0,00 |
Saúde e cuidados pessoais |
0,22 |
0,25 |
0,03 |
0,03 |
Despesas pessoais |
0,52 |
0,25 |
0,05 |
0,03 |
Educação |
0,08 |
0,73 |
0,00 |
0,04 |
Comunicação |
0,18 |
0,10 |
0,01 |
0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Impacto da deflação:
A deflação em agosto é uma notícia positiva para a economia brasileira, pois indica que a pressão sobre os preços está diminuindo. Essa desaceleração da inflação pode contribuir para:
Aumento do poder de compra: Com a inflação mais baixa, os consumidores podem comprar mais produtos e serviços com o mesmo dinheiro.
Redução da taxa de juros: A queda da inflação pode levar o Banco Central a reduzir a taxa de juros, o que pode estimular a economia.
Maior previsibilidade: Um cenário de inflação mais controlada traz mais previsibilidade para a economia e incentiva os investimentos.
Perspectivas para o futuro:
Embora a deflação em agosto seja uma boa notícia, é importante acompanhar os próximos indicadores para avaliar se essa tendência se manterá. Fatores como a variação do câmbio, as políticas monetárias e os choques externos podem influenciar a inflação nos próximos meses.
A deflação em agosto é um sinal positivo para a economia brasileira, indicando que a pressão inflacionária está diminuindo. No entanto, é preciso acompanhar os próximos indicadores para ter uma visão mais clara sobre a evolução da inflação nos próximos meses.
Para o cálculo do índice do mês, foram considerados os preços coletados entre 30 de julho e 29 de agosto de 2024 (referência) e comparados com os preços vigentes entre 29 de junho e 29 de julho de 2024 (base). Este indicador, calculado desde 1980, abrange famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, independentemente da fonte de renda. A pesquisa é realizada em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
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