As marcas que oferecem uma
experiência de alta qualidade ao cliente crescem 247%, afirma o estudo
Mastering Momentum. Esse é apenas um dos dados que a Kantar apresentou durante
o Kantar Talks CX:
Vencendo na Era da Experiência, que reuniu diversas informações
coletadas por meio de diferentes pesquisas da empresa e mostrou um panorama
atual sobre o tema.
Há não muito tempo, o acúmulo de posses era visto como o caminho
para a felicidade. Mas em algum momento ao longo do caminho houve uma mudança
de prioridades. À medida que a renda aumentava, e as pessoas percebiam que os
bens com os quais se cercavam não estavam necessariamente levando à felicidade,
elas começaram a priorizar experiências e estilos de vida nos seus gastos. 47%
dos brasileiros, por exemplo, preferem gastar com experiências do que em posses
materiais, afirma o estudo CX+ Brasil.
Essa transição trouxe um novo paradigma para empresas: entender as
necessidades dos seus clientes além dos produtos e serviços que entregam, assim
como o valor que geram durante todo o relacionamento. Ou seja, a dar
importância à experiência que entregam. A experiência do cliente, ou CX,
começou a aparecer no discurso de todas as marcas e o investimento nela se
provou vantajoso. “CX é um motor para o crescimento, não apenas uma palavra da
moda”, afirma Barbara Cador, líder global de CX da Kantar. “As marcas precisam
entender que só com ela conseguirão chegar além.”
A importância da CX
Para analisar as necessidades de clientes por todo o mundo, a
Kantar utiliza o Global Monitor, que permite comparar e priorizar oito grandes
necessidades dos consumidores em 26 mercados, em diferentes segmentações. O
objetivo é estimular a discussão e servir como um recurso prático e um conjunto
de ferramentas para comunicação da marca, planejamento estratégico,
desenvolvimento de novos produtos e inovação.
Uma dessa necessidades é “Experiências”. Dentro da sua análise, a
Kantar descobriu que 81% das pessoas consideram a experiência uma necessidade;
ela é mais importante para centennials (89%) e millennials (86%). “Cada vez mais as pessoas
buscam por experiências e, no Brasil, este aspecto é muito mais valorizado
quando comparado com a média global. Portanto, é fundamental que as marcas
sejam criativas em suas abordagens e ativações.
“Apresentar experiências imersivas e inusitadas que permitam as
pessoas saírem da rotina e enxergarem a vida sob a perspectiva de uma criança,
por exemplo; utilizar a tecnologia para apresentar um mundo novo e diferente,
explorar os sentidos e contextualizar o engajamento real para gerar buzz
digital são algumas oportunidades e reflexões apresentadas nesta manhã com
cases globais e nacionais de marcas que estão na vanguarda da experiência do
cliente”, diz Valkiria Garré, CEO da Kantar Insights.
A Era da Experiência (não-linear)
O crescimento na importância depositada na experiência foi
acompanhado pela difusão da internet e uso de aparelhos conectado, o que faz
com que o relacionamento com as marcas e a jornada para compra deixe de ser
linear. Os pontos de contato com o consumidor aumentaram e novas formas de
interagir estão sendo criadas, seja em mídia ou em ecommerce.
No caso de mídia, as fronteiras do que é publicidade ou não e onde
ela pode aparecer estão cada vez mais tênues. O que é constante e
imprescindível é um conteúdo de qualidade feito para as necessidades
específicas do consumidor. 58% dos brasileiros se interessam mais pela
publicidade especificamente feita para eles, segundo estudo Dimension da
Kantar, deste ano. Ou seja, pensar na experiência ao consumir mídia é
essencial.
“Entender o que o consumidor realmente busca como experiência é o
grande foco. Estamos em um momento do mercado onde a análise simplesmente do
público-alvo deixa de fazer sentido se você não estende isso para outras
avaliações como contexto do consumidor e o ambiente onde a mensagem
é inserida”, afirma Adriana Favaro diretora da Kantar Ibope Mídia. “O mesmo
vídeo, por exemplo, pode apresentar experiências totalmente diferentes
dependendo da plataforma em que aparece seja em uma tela de TV, ou no
smartphone, elevador e no cinema. Essas experiências e contextos devem ser
levados em consideração quando se planeja mídia nos dias de hoje.”
Já no comércio eletrônico, o estudo eCommerce ON mostra que o shopper utiliza três moedas
para tomar suas decisões de compras: tempo, dinheiro e energia. As duas
primeiras já são algo que ele espera que o e-commerce ofereça, com preços mais
baixos e tempo de entrega menor. Hoje e no futuro, o que acaba sendo mais
importante na decisão é a busca por experiências de compras que maximizem a
energia positiva e minimizem os pontos negativos.
Ou seja, experiências com menos atrito. Segundo o relatório Kantar
Consulting ShopperScape, em 2014, 61% das pessoas queriam gastar menos; em
2019, 61% das pessoas querem experiências de compra sem estresse. “Muitos
assumem que, quando as pessoas fazem compras online, o dinheiro é seu principal
motivador e que sempre escolherão o varejista com o menor preço. No entanto,
essa crença é muito simplista”, diz Luciana Piedemonte, líder de commerce da
Kantar Brasil. “O ‘efeito Amazon’ significa que um preço decente e entrega
rápida agora são fatores de higiene. O que diferencia os varejistas agora é a
experiência de compra.”
Novo estudo sobre CX no varejo de moda
Durante o evento, realizado no espaço Cubo do JK Iguatemi, a
Kantar também lançou seu estudo brasileiro sobre CX focado nas marcas de varejo
de moda. Ele entrevistou 2.785 consumidores de lojas de moda no Brasil em 2019
para entender o que eles buscam em termos de experiência.
Sobre a Kantar
A Kantar é líder global em dados, insights e consultoria. Somos a
empresa que mais entende como as pessoas pensam, sentem, compram, compartilham,
escolhem e veem. Ao combinar nossa experiência sobre o conhecimento humano com
tecnologias avançadas, as 30.000 pessoas que trabalham na Kantar contribuem
para o sucesso e crescimento das principais organizações do mundo.
Anuncie no CidadeMarketing