Nesta segunda-feira, 10/11, data em que muitos brasileiros realizam o pagamento de suas faturas e boletos mensais, o Nubank enfrenta instabilidade no sistema de pagamentos por boleto. Usuários de diferentes regiões do país relataram o problema nas redes sociais, afirmando que o aplicativo exibe mensagens de erro e impede a conclusão das transações.
A equipe do CidadeMarketing também realizou testes no aplicativo e confirmou a falha. Ao tentar efetuar o pagamento de boletos, o sistema exibiu a mensagem:
“Serviço indisponível. No momento, não é possível fazer pagamento de boletos bancários. Tente novamente mais tarde.”
O problema ocorre justamente em um período sensível — o início da segunda quinzena do mês — quando milhares de consumidores realizam pagamentos de contas, cartões e prestações. Embora pagamentos via Pix continuem operando normalmente para parte dos usuários, nem todos os boletos permitem essa modalidade, especialmente os emitidos por concessionárias, escolas e financeiras. Com isso, muitos clientes ficaram impossibilitados de quitar suas obrigações dentro do prazo, temendo multas e juros por atraso.
Nubank reconhece falha e promete normalização
Em contato com o atendimento oficial do Nubank, o CidadeMarketing obteve o seguinte posicionamento:
“Nossa equipe está empenhada para resolver essa situação o mais rápido possível. É provável que o sistema volte ao normal até o período da tarde. O problema é geral e afeta todos os clientes.” — informou uma atendente via chat da instituição. A empresa ainda não divulgou comunicado oficial em suas redes sociais até o fechamento desta matéria.
Direitos do consumidor e orientações em caso de prejuízo
Se a falha no sistema gerar multas, juros ou outros danos financeiros, o consumidor deve agir imediatamente: registre a ocorrência nos canais oficiais do Nubank e guarde evidências (prints das telas de erro, dados do boleto e do vencimento).
Para o advogado e especialista em direito do consumidor, Dr. Cadu Silva, a responsabilidade do banco é objetiva — “o fornecedor responde pela falha na prestação do serviço (CDC, art. 14), devendo assegurar serviço adequado, eficiente e contínuo (CDC, art. 22) e garantir ao consumidor o direito à reparação por danos materiais e morais (CDC, art. 6º, VI). Em hipóteses de cobrança indevida, pode haver repetição do indébito em dobro (CDC, art. 42, parágrafo único, quando demonstrada má-fé).
Do ponto de vista do Código Civil, a falha que causa prejuízo caracteriza ato ilícito (CC, art. 186) e impõe o dever de indenizar (CC, art. 927), além das perdas e danos decorrentes do inadimplemento da obrigação de prestar o serviço (CC, art. 389)”, explica o advogado.
Em caso de não resolução, o consumidor pode formalizar uma reclamação junto aos órgãos de defesa e fiscalização, como o Procon, o portal consumidor.gov.br
e o Banco Central (Bacen), que registram, analisam e monitoram queixas contra instituições financeiras em todo o país. Persistindo o problema, procure um advogado de confiança para buscar ressarcimento (multa/juros/encargos) e, quando cabível, indenização por danos morais, com base nos dispositivos acima.
Para evitar atrasos e cobranças adicionais, o consumidor deve entrar em contato diretamente com o credor (como concessionária, escola ou instituição financeira) e solicitar o reenvio do boleto por outro banco ou meio alternativo de pagamento, como link de cobrança ou Pix vinculado. É importante efetuar o pagamento dentro do prazo e guardar todos os comprovantes para eventuais comprovações futuras.
Instabilidades em aplicativos bancários se tornaram recorrentes nos últimos anos, especialmente em dias de alto volume de acessos, como datas de vencimento de faturas e feriados prolongados.
, afetando milhares de clientes. O banco reconheceu o problema e prometeu solução até o período da tarde. Especialistas orientam consumidores a registrar reclamações no Bacen, Procon e consumidor.gov.br.){kind=link}