Na tarde da última quarta-feira (5/11), vídeos publicados nas redes sociais mostraram uma ação de fiscalização da Prefeitura de São Paulo e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na Avenida Paulista, uma das regiões mais movimentadas do país. A operação, segundo o poder público, tinha como objetivo coibir o comércio ambulante irregular na via.
Um dos negócios afetados foi o “Espetinho Paulista”, conhecido por vender drinques preparados com frutas e bebidas destiladas em carrinhos estilizados e móveis que se tornaram populares entre frequentadores e turistas.
As imagens mostram um carrinho sendo apreendido, equipado com máquina de pagamento, fruteiras, gelo e utensílios padronizados, em um cenário que traduz organização e atendimento profissional, com uniformes, luvas de segurança e produtos customizados.
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Em um dos vídeos que circularam nas redes, o empreendedor aparece reagindo à apreensão das mercadorias, chegando a derrubar e virar o próprio carrinho em via pública – destruindo os produtos. Durante a ação, um agente da GCM utiliza gás de pimenta para dispersar o empreendedor, o que gerou forte repercussão.
O conteúdo foi amplamente compartilhado no Instagram oficial do Espetinho Paulista, recebendo milhares de comentários de apoio, incluindo manifestações de artistas e influenciadores, como o cantor Zezo Potiguar.
Nos vídeos, o empreendedor também faz um apelo direto ao prefeito Ricardo Nunes, pedindo a liberação para continuar trabalhando – “libera o doc seu prefeito”. Em outra gravação, ele relembra que já havia sofrido outras apreensões, como no dia 3 de outubro, quando teve mercadorias apreendidas em uma operação voltada à investigação de bebidas adulteradas.
A repercussão chegou até outras cidades. O prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, publicou um vídeo comentando o caso, no qual defendeu a regularização dos vendedores ambulantes, afirmando que em seu município eles são “acolhidos e formalizados”. Manga ainda declarou que está em Brasília para protocolar um projeto de lei que garanta mais direitos a trabalhadores informais em todo o Brasil.
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A equipe do CidadeMarketing tentou contato com os empreendedores do Espetinho Paulista por meio do número de WhatsApp disponibilizado no perfil oficial da marca, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O portal segue aberto para manifestação e esclarecimentos dos responsáveis.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de São Paulo respondeu prontamente e enviou a seguinte nota oficial, por meio da Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB):
“A Secretaria Municipal das Subprefeituras (SMSUB) informa que o poder público incentiva o comércio regularizado nas ruas da capital. Para isso, os ambulantes que desejam atuar na área devem se cadastrar no programa Tô Legal!, uma iniciativa prática e sem burocracia que facilita a obtenção de autorização para trabalhar nas vias. Todas as informações sobre o Tô Legal! podem ser consultadas no site tolegal.prefeitura.sp.gov.br. A Subprefeitura Sé realiza fiscalizações de rotina para coibir o comércio ambulante irregular, com o apoio da Guarda Civil Metropolitana. No caso apontado, o responsável pelo equipamento apreendido não apresentou a documentação prevista em lei para exercer esse tipo de atividade. O proprietário recebeu um contra-lacre, conforme o procedimento padrão das ações, e poderá reaver o equipamento junto à Subprefeitura.”
O caso segue ganhando grande repercussão nacional, com divulgação pelo jornalista Luiz Bacci e reportagem exclusiva exibida pela TV Record. Nas redes sociais, o perfil do negócio Espetinho Paulista registrou um salto expressivo de seguidores, passando de cerca de 600 mil para mais de 1 milhão em poucos dias. Os vídeos continuam sendo amplamente compartilhados por internautas e influenciadores, acompanhados de mensagens de apoio e solidariedade aos empreendedores ambulantes afetados pela ação.



























