A economia brasileira registrou um crescimento de 2,2% no segundo trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu R$ 3,2 trilhões, o maior valor da série histórica iniciada em 1996.
O desempenho positivo foi impulsionado pelo avanço significativo de três grandes setores: a Agropecuária, que saltou 10,1%, a Indústria com crescimento de 1,1%, e os Serviços, que expandiram 2,0%.
Crescimento impulsionado por serviços e consumo
Em relação ao primeiro trimestre de 2025, o PIB teve uma variação positiva de 0,4%. O setor de Serviços foi o principal motor desse crescimento, com uma alta de 0,6%, seguido pela Indústria que avançou 0,5%. A Agropecuária, por sua vez, registrou uma leve queda de 0,1%.
Pela ótica da demanda, o Consumo das Famílias teve um papel crucial, crescendo 0,5% e ajudando a sustentar o resultado positivo. Esse aumento é reflexo da elevação da massa salarial e da maior disponibilidade de crédito.
No entanto, o Consumo do Governo e os investimentos tiveram um desempenho negativo no trimestre, com quedas de 0,6% e 2,2%, respectivamente. No setor externo, as exportações de bens e serviços subiram 0,7%, enquanto as importações caíram 2,9%.
Destaques e desafios em setores-chave
Agropecuária: O crescimento robusto de 10,1% na comparação anual foi impulsionado por safras expressivas de grãos como milho, soja, café, algodão e arroz, além do bom desempenho da pecuária.
Indústria: As Indústrias Extrativas se destacaram com um avanço de 8,7% na comparação anual, graças ao aumento na extração de petróleo, gás e minério de ferro. Já as Indústrias de Transformação ficaram estáveis, com o crescimento em alguns segmentos sendo compensado pela queda na produção de caminhões, ônibus e na indústria farmacêutica.
Serviços: Todas as atividades do setor registraram crescimento na comparação anual. O destaque ficou com Informação e comunicação, que cresceu 6,4%, e Atividades financeiras, com alta de 3,8%.
PIB acumula alta em diferentes períodos
Além do crescimento trimestral, o PIB também apresentou resultados positivos em outras comparações:
No semestre: Cresceu 2,5% em relação ao primeiro semestre de 2024.
Em 4 trimestres: Acumulou alta de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024, impulsionado pelo forte avanço da Formação Bruta de Capital Fixo (investimento) que cresceu 8,3%.
