O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma Ordem Executiva que impõe uma tarifa extra de 40% sobre determinados produtos brasileiros, elevando a alíquota total de importação para 50%. A medida entra em vigor no próximo dia 6 de agosto e já preocupa exportadores e setores estratégicos da economia brasileira. Apesar da nova política tarifária mais rígida, 694 produtos brasileiros ficaram isentos da nova cobrança, conforme listado no Anexo I do decreto presidencial publicado no site oficial da Casa Branca.
Produtos que não serão taxados
Entre os produtos que ficaram de fora do tarifaço, destacam-se:
Suco e polpa de laranja
Combustíveis
Minérios
Fertilizantes
Aeronaves civis (incluindo motores, peças e componentes)
Celulose
Polpa de madeira
Metais preciosos
Energia e produtos energéticos
Essas exceções foram comemoradas por segmentos do setor industrial e agrícola brasileiro. No setor aeronáutico, por exemplo, a Embraer foi diretamente beneficiada, uma vez que os Estados Unidos representam 45% das vendas de jatos comerciais e 70% das vendas de jatos executivos da fabricante. A notícia gerou impacto imediato no mercado financeiro, com as ações da Embraer (EMBR3) subindo mais de 10% após o anúncio.
Especialistas apontam que a medida pode afetar de forma significativa o desempenho da balança comercial do Brasil com os Estados Unidos. Por outro lado, os setores incluídos na lista de isenções ainda poderão manter seu ritmo de exportação, o que representa um alívio parcial para a economia brasileira em meio à tensão comercial.
Em nota divulgada, o Governo Federal brasileiro repudiou o aumento tarifário e a interferência política dos EUA nas relações comerciais com o Brasil, reforçando o compromisso com a soberania nacional e com uma política externa independente.