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Sem autorização para voar, Voepass entra com pedido de recuperação judicial

O pedido visa garantir a sustentabilidade financeira da companhia.

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A Voepass Linhas Aéreas formalizou, na noite desta terça-feira (22), um pedido de recuperação judicial. A medida drástica ocorre em um momento crítico para a companhia, que teve todas as suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Esta é a segunda vez na sua história recente que a empresa aérea, com sede em Ribeirão Preto (SP) e que já figurou como a quarta maior do país, recorre a esse tipo de processo na Justiça.  A suspensão das operações da Voepass foi determinada pela Anac em março deste ano, após a constatação de uma série de irregularidades e falhas de segurança nas operações da empresa. A companhia aérea acumula uma dívida estimada em R$ 210 milhões.

A grave crise financeira enfrentada pela Voepass se intensificou, principalmente, em decorrência dos desdobramentos do trágico acidente aéreo ocorrido em agosto de 2024 em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas. Outro fator determinante para a crise foi o rompimento de um acordo de codeshare com a Latam, no qual a Voepass operava voos comercializados pela concorrente. Essa parceria chegou a representar expressivos 93% do faturamento da companhia aérea.

Em fevereiro, antes de formalizar o pedido de recuperação judicial, a Voepass havia anunciado uma reestruturação financeira e conseguido na Justiça a suspensão de ações de credores e a apreensão de suas aeronaves. Contudo, sem obter a autorização da Anac para retomar suas atividades, a empresa realizou demissões de funcionários neste mês. O número exato de desligamentos não foi divulgado.

O pedido de recuperação judicial da Voepass abre um novo capítulo na tentativa da companhia de renegociar suas dívidas e reestruturar suas operações, em um cenário marcado pela suspensão de voos e pela grave crise de confiança em relação à segurança de suas operações.

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