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Evento da ABRH aponta necessidades e tendências do RH para 2023

O tema da Diversidade precisa chegar ao Conselho das grandes empresas para se tornar mais presente no dia a dia das organizações.

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Divulgação

Discussões que permeiam o RH foram o foco da terceira edição do evento Desafio da Gestão de Pessoas pelo Mundo (DGPM). O encontro, que aconteceu nesta última semana, recebeu centenas de pessoas e contou com especialistas de grandes companhias para compartilhar os principais acontecimentos do mercado de trabalho no Brasil e no mundo.

Marcelo Pirani, coordenador do evento, diz que o comitê do DGPM entende que o encontro foi de grande relevância, abordando temas importantes e de interesse para o RH. “Trouxemos profissionais do mundo inteiro, com diversas perspectivas e as vivencias relatadas pelos convidados trouxeram reflexões valorosas para o público presente”, afirma. “Esperamos que este evento possa prosperar cada vez mais em cada edição e que os colaboradores consigam tirar do DGPM muitas contribuições úteis para o dia a dia”.

Durante o evento, os visitantes puderam interagir com profissionais de diferentes companhias e visitar estandes de empresas como CoachHub, TOTVS, Creditas Benefícios, iFood Benefícios, Unico Skill, Wise Offices e Coursera for Business.

Painéis apresentados mostraram os principais focos do setor

A programação esteve voltada para assuntos ligados à Cultura, ESG, Liderança, Saúde Mental, CEO´s e local de trabalho. O primeiro destaque do dia foi o tema “Perspectivas culturais sobre diversidade e inclusão”. Ele foi apresentado Jandaraci Araújo, Conselheira de Administração da Future Carbon e Cofundadora do C101, e Aldo Rodríguez Frachia, Gerente Sênior de Equidade, Diversidade e Inclusão América Latina e Talent Acquisition Brasil na Nutrien. O painel foi moderado por Fábio Rose, Diretor Geral de Pessoas e Cultura no Grupo Dasa.

De acordo com Jandaraci, para trazer uma maior diversidade e representatividade nas organizações, é preciso realizar ações que mudem esta realidade e deixar de negligenciar esta temática. “Precisamos de ações de intencionalidade em ter diversidade nas posições de alta liderança, pois é no conselho que são montadas as principais estratégias da empresa”.

Além da liderança, Aldo aponta que é necessário que cada indivíduo saia da zona de conforto e reflita internamente como cada um tem contribuído em prol da equidade. Ele também afirma que é necessário que as organizações analisem quais são os principais problemas em relação à diversidade.

“A pauta da diversidade não está apenas na parte social do termo ESG (sigla em inglês que significa ‘ambiental, social e governança’), mas também na cota ambiental e de governança. Por conta disso, começamos a falar em dinheiro, visto que o ESG é visto como um importante âmbito para o mercado financeiro”, explica Jandaraci. “Empresas que pretendem ir para fundos de investimento e criar condições para possibilitar a captação de recursos precisam priorizar esta pauta agora, ou vão ficar para traz”.

“Liderando Times Distribuídos”, também foi outro destaque do dia. Apresentado por Claudia Niemeyer, Designer e Principal Diretora na Accenture Suíça, e Fábio Almeida de Oliveira, Diretor Executivo no setor de Negócios de Papel e Pacote da Suzano. Os especialistas compartilharam toda a sua vivência em gerenciar times de diferentes partes do mundo de modo simultâneo. Vinicius Diógenes, Gerente de Desenvolvimento Organizacional no Mercado de Games na Wildlife Studios, foi o responsável pela moderação do debate.

Para Fábio, os principais desafios a serem enfrentados são trazer a cultura da empresa para funcionários que estão em locais diferentes e traduzir esta cultura para eles. “Neste quesito, é importante considerar a diversidade cultural e social de cada local”, afirma. “Por isso, precisamos de líderes que inspiram e transformam para que eles possam ser uma excelente ponte entre todos”.

Para falar sobre “Saúde Mental e os Impactos nas Organizações”, Camila Fossati, Diretora Global de Desenvolvimento Organizacional da Braskem, e Doutora Raquel Conceição, Head De Saúde Corporativa e Saúde Populacional do Hospital Albert Einstein, realizaram um painel sobre o tema. O painel contou com a mediação de Daniela Bauab, associada sênior e diretora de operações na Blue Management Institute (BMI).

Raquel aponta que implementar um bom programa de saúde mental nas empresas se mostra um grande desafio. “Há um déficit de profissionais capacitados para lidar com essa questão, o que eleva o custo da resolução deste problema e reduz o acesso para a população”, explica. “Também existe um estigma acerca de doenças mentais e uma dificuldade para direcioná-la, o que pode atrasar um diagnóstico em até 10 anos”.

O assunto passou a ganhar mais força nas empresas a partir de 2020 e a Braskem é um exemplo disso. Camila, diretora da companhia, conta que pesquisas internas de bem-estar realizada com os funcionários no período mostraram a necessidade de trazer este tema para a pauta da empresa. “As primeiras medidas adotadas foram a realização de lives informativas com nossos colaboradores e a capacitação da liderança”, fala.

O último tópico do dia refletiu acerca de “A Gestão pelo Mundo Sob a Ótica dos CEO’s”. Ele contou com a participação de Edney Vieira, Presidente na Nacala Logistics, e Pablo Verde, Diretor do Centro de Serviços Compartilhados da América do Sul do Grupo Stellantis. O painel ainda contou com a moderação de Lízia Borba, Head de Sucesso do Cliente na Unico IDtech.

Na avaliação de Pablo, a tecnologia juntou pessoas pelo mundo, mas a cultura, de modo geral, não tem relação com a tecnologia. “Quando trabalhamos com pessoas de várias partes do mundo em uma empresa, conhecer a cultura de cada país é bem difícil”, relata. “Precisamos pensar na cultura organizacional e no mapa mental de cada colaborador”.

Cada país tem uma prática de trabalho cultural específica. Por isso, Pablo relembra a importância de refletir sobre como trabalhar para que todos entendam o objetivo do CEO. “O futuro de uma organização com trabalhadores de várias partes do mundo está voltado para este sentido”.

“Para garantir uma boa gestão, o RH deve ser a chave na estratégia da organização”, aponta Edney. Para ele, o RH deve ser visto como o aliado dos negócios de uma companhia.

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