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Inflação na cesta básica: pesquisa da PROTESTE indica aumento nos supermercados cariocas

Entre todos os alimentos da cesta básica que foram analisados, o óleo de soja (84%), arroz branco (32%) e feijão preto (19%) sofreram as maiores variações.

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A ida aos supermercados durante a pandemia de Covid-19 ilustra uma dificuldade que as famílias brasileiras vêm enfrentando – o aumento dos preços dos alimentos básicos e produtos ligados à higiene pessoal. Ainda que a variação nos valores seja pequena em alguns casos, em longo prazo pode significar grandes ajustes anualmente. Como indica a pesquisa realizada pela PROTESTE, durante o dia primeiro até sete de junho, envolvendo supermercados no Rio de Janeiro e os itens como: arroz branco, feijão preto, óleo de soja, açúcar refinado, desinfetante, leite integral, sabonete, álcool em gel, papel higiênico, água sanitária e sabão em pó.

Os produtos foram pesquisados de maneira anônima em 50 estabelecimentos nos bairros da zona norte, oeste e sul. Com isso, as análises levaram em consideração comparações com a pesquisa de coleta de preços das mesmas marcas de produtos e lojas visitadas em outro período: agosto de 2020. O valor da cesta básica no ano passado era de R$ 64,03, visto que a inflação de agosto até maio de 2021 foi de 6,02%. Hoje, o valor da cesta está, aproximadamente, R$ 74,57 – representando um aumento de 16%.

A variação nos valores dos itens da cesta básica está relacionada a motivos como: desvalorização do real, aumento da demanda (mais tempo dentro de casa devido à quarentena), dificuldades de colheita, crescimento no valor do frete e exportações.

Além disso, a pandemia fez com que famílias criassem estoques dentro de casa, o que gerou desequilíbrio entre oferta e procura.

A alta dos alimentos na cesta básica

Entre todos os alimentos da cesta básica que foram analisados, o óleo de soja (84%), arroz branco (32%) e feijão preto (19%) sofreram as maiores variações. O único produto que não teve aumento foi o leite integral.

Produto20202021Variação
Óleo de sojaR$ 4,518,3284%
Arroz BrancoR$ 5,12R$ 6,7432%
Feijão PretoR$ 7,48R$ 8,8919%
Açúcar RefinadoR$ 3,13R$ 3,6617%
Leite IntegralR$ 4,79R$ 4,65-9%

A diferença nos produtos de higiene

Com a pandemia, o uso de produtos ligados à higiene doméstica e pessoal se tornou uma necessidade de maior frequência. Os itens como saboneteálcool em gelpapel higiênico e sabão em pó registraram aumentos, enquanto que desinfetante e água sanitária se mantiveram com o valor estável.

Produto20202021Variação
SaboneteR$ 2,57R$ 2,8511%
Álcool em gelR$ 8,47R$ 9,5713%
Papel HigiênicoR$ 6,45R$ 7,1210%
Sabão em PóR$ 9,85R$ 11,085%
DesinfetanteR$ 4,90R$ 4,900%
Água sanitáriaR$ 6,76R$ 6,790%

Recomendações da PROTESTE

Os resultados no levantamento da PROTESTE reforçam como é fundamental para o consumidor se atentar aos valores, realizando uma pesquisa antes das compras e, em alguns casos, optando por novas marcas. O pesquisador do Centro de Competência em Produtos e Alimentos e Serviços da Proteste, Daniel Barros, comenta sobre as diferenças entre o preço do açúcar refinado entre dois supermercados em Copacabana:

“O açúcar refinado era vendido por R$ 2,95 no Mundial, enquanto no Big Market custava R$ 4,49, uma diferença de R$ 1,54, sendo que a distância dos estabelecimentos é de 750 metros. Imagina que, uma pessoa que compra 4 kg por mês, economizaria R$ 6,16 por mês ou R$ 73,92 no ano.” esclareceu Barros.

Com a necessidade de isolamento social, a comparação pode ocorrer, também, por meio de sites ou aplicativos dos estabelecimentos.

Os supermercados cariocas tiveram uma boa avaliação (86%) em relação a medidas de limpeza e higiene, porém a PROTESTE aconselha que o consumidor leve seu próprio álcool em gel como prevenção.

CidadeMarketing com informações da PROTESTE – Publicação de Isabela Carvalho

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