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13,4 milhões de pessoas em busca de trabalho no Brasil, aponta IBGE

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taxa de desocupação (12,7%) no trimestre encerrado em março de 2019 subiu 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (11,6%) e caiu -0,4 p.p. em relação ao trimestre móvel de janeiro a março de 2018 (13,1%)

Indicador / PeríodoJan-Fev-Mar 2019Out-Nov-Dez 2017Jan-Fev-Mar 2018
Taxa de desocupação12,7%11,6%13,1%
Taxa de subutilização25,0%23,8%24,6%
Rendimento real habitualR$2.291R$2.276R$2.259
Variação do rendimento real habitual em relação a:0,7% (estabilidade)1,4% (estabilidade)

população desocupada (13,4 milhões) cresceu 10,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (12,2 milhões). Em relação a igual trimestre de 2018 (13,6 milhões), a variação não foi estatisticamente significativa.

população ocupada (91,9 milhões) caiu -0,9% (menos 873 mil de pessoas) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 e cresceu 1,8% (mais 1,6 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

população fora da força de trabalho (65,3 milhões) ficou estável frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (65,1 milhões) e subiu 1,0% (mais 649 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018 (64,6 milhões).

taxa de subutilização da força de trabalho (25,0%) no trimestre encerrado em março de 2019 é recorde da série histórica iniciada em 2012, com alta de 1,2 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,8%). No confronto com o mesmo trimestre móvel do ano anterior (24,6%), a variação não foi estatisticamente significativa.

população subutilizada (28,3 milhões) é recorde da série, com altas em ambas as comparações: mais 5,6% (1,5 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3,0% (mais 819 mil pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

número de pessoas desalentadas (4,8 milhões) subiu em ambas as comparações: mais 3,9% (180 mil pessoas) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 e mais 5,6% (256 mil pessoas) em relação ao mesmo de 2018. O percentual de pessoas desalentadas (4,4%) manteve o recorde da série e teve variação significativa nas duas comparações: mais 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior (4,3%) e mais 0,2 p.p. contra o mesmo trimestre de 2018 (4,2%).

número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 32,9 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações. Já o número de empregados sem carteira assinada (11,1 milhões) caiu (-3,2%) em relação ao trimestre anterior (menos 365 mil pessoas) e subiu 4,4%, (mais 466 mil pessoas) comparado ao mesmo trimestre de 2018.

A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,8 milhões) ficou estável em relação ao trimestre anterior e cresceu 3,8% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (mais 879 mil pessoas).

rendimento médio real habitual (R$ 2.179) ficou estável em ambas as comparações. Amassa de rendimento real habitual (R$ 205,3 bilhões) ficou estável contra o trimestre anterior e cresceu 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Quadro 1 – Taxa de Desocupação – Brasil – 2012/2019

taxa de desocupação foi de 12,7% no trimestre móvel encerrado em março de 2019 e subiu 1,1 p.p. em relação ao trimestre móvel de outubro a dezembro de 2018 (11,6%). Em relação ao trimestre móvel de janeiro a março de 2018 (13,1%), houve queda de -0,4 p.p..

No trimestre de janeiro a março de 2019, havia 13,4 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Esse contingente cresceu 10,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (12,2 milhões) e não teve variação estatisticamente significativa em relação a igual trimestre de 2018 (13,6 milhões de pessoas desocupadas).

taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a Força de trabalho ampliada) foi de 25,0% no trimestre de janeiro a março de 2019, com alta de 1,2 p.p. em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (23,8%). Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2018 (24,6%), houve estabilidade.

Taxa Composta de subutilização da força de trabalho – trimestres de janeiro a março – 2012/2019 – Brasil (%)

No trimestre de janeiro a março de 2019, o número de pessoas subutilizadas no Brasil chegou a 28,3 milhões. Este contingente subiu 5,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2018, quando a subutilização foi estimada em 26,8 milhões de pessoas. No confronto com igual trimestre de 2018, quando havia 27,5 milhões de pessoas subutilizadas, houve alta de 3,0%, (mais 819 mil pessoas).

O contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas foi de aproximadamente 6,8 milhões no trimestre de janeiro a março de 2019. Houve estabilidade em relação ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2018) e alta de 10,2% em relação ao mesmo trimestre de 2018.

força de trabalho potencial no trimestre de janeiro a março de 2019 foi estimada em 8,169 milhões de pessoas e foi recorde da série. Esta população cresceu em ambas as comparações: mais 4,7% (364 mil pessoas) em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 e mais 5,7% (443 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

força de trabalho potencial é composta por pessoas de 14 anos ou mais de idade, que na semana de referência não estavam ocupadas nem desocupadas, mas possuíam um potencial de se transformarem em força de trabalho.

contingente fora da força de trabalho no trimestre de janeiro a março de 2019 foi de 65,3 milhões de pessoas, com estabilidade em relação ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 e alta de 1,0% (mais 649 mil pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

população desalentada era de 4,8 milhões no trimestre de janeiro a março de 2019 e cresceu em ambas as comparações: 3,9% em relação ao trimestre anterior (mais 180 mil pessoas) e 5,6% (mais 256 mil pessoas) comparada ao mesmo trimestre de 2018.

O percentual de pessoas desalentadas em relação à população na força de trabalho ou desalentada(4,4%) manteve o recorde da série histórica e mostrou variação significativa nas duas comparações: mais 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior (4,3%) e mais 0,2 p.p. contra o mesmo trimestre de 2018 (4,2%).

A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 105,3 milhões de pessoas. Houve altas em ambas as comparações: 0,3% (mais 361 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 1,3% (mais 1,3 milhão de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2018.

número de pessoas ocupadas chegou a 91,9 milhões no trimestre de janeiro a março de 2019, com redução de -0,9% (menos 873 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e alta de 1,8% (mais 1,591 milhão de pessoas) em relação ao mesmo trimestre de 2018.

nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 53,9% no trimestre de janeiro a março de 2019, com redução de -0,7 pontos percentuais frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2018 (54,5%) e variação positiva (0,3 ponto percentual) em relação ao mesmo trimestre de 2018 (53,6%).

O contingente de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 32,9 milhões de pessoas, com estabilidade em ambas as comparações.

A categoria dos empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada chegou a 11,1 milhões de pessoas, com redução de – 3,2% (menos 365 mil pessoas) frente ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2018, houve alta de 4,4% (mais 466 mil pessoas).

Na categoria dos trabalhadores por conta própria, formada por 23,8 milhões de pessoas, houve estabilidade na comparação com o trimestre anterior e alta de 3,8% (mais 879 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

No período de janeiro a março de 2019, o número de empregadores foi de 4,4 milhões de pessoas, mostrando estabilidade em ambas as comparações.

O número de trabalhadores domésticos chegou a 6,1 milhões de pessoas, com redução de -2,4% em relação ao trimestre anterior e estabilidade frente ao mesmo trimestre de 2018.

O grupo dos empregados no setor público (inclusive servidores estatutários e militares), estimado em 11,4 milhões de pessoas, apresentou queda de -2,0% frente ao trimestre anterior e se manteve estável contra o mesmo trimestre de 2018.

rendimento médio real habitual (R$ 2.291) ficou estável em ambas as comparações.

massa de rendimento real habitual (R$ 205,3 bilhões) ficou estável contra o trimestre anterior e cresceu 3,3% em relação ao mesmo trimestre de 2018.

Mais de 1,2 milhão de pessoas entraram para a população desocupada no primeiro trimestre do ano, na comparação com o último trimestre de 2018. Com isso, o total de pessoas à procura de emprego no país chegou a 13,4 milhões. A taxa de desocupação subiu para 12,7%, mas ainda é inferior aos 13,1% atingidos no primeiro trimestre do ano passado.

Esses são os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje pelo IBGE. As maiores quedas no número de ocupados foram no setor da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com menos 332 mil pessoas, seguido por Construção, com perda de 228 mil pessoas. Os outros setores ficaram estáveis.

“Existe uma sazonalidade na administração pública, representada principalmente pelas prefeituras, que contratam servidores temporários e os demitem no início do ano”, explica o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

O contingente de 32,9 milhões de empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada ficou estável frente ao último trimestre de 2018. Já a categoria dos empregados desse setor sem carteira de trabalho assinada registrou perda de 365 mil postos de trabalho, caindo para 11,1 milhões de pessoas. Observou-se também um aumento no rendimento médio dos trabalhadores sem carteira.

“O mercado jogou 1,2 milhão de pessoas na desocupação e a carteira de trabalho não teve recuperação. Os trabalhadores sem carteira que tinham sido contratados como temporários para vendas, como na Black Friday e no Natal, ou que trabalharam nas eleições, saíram do emprego no início do ano. Como esses postos de trabalho pagam menos, a média de rendimentos do setor aumentou sem que houvesse um ganho real nos rendimentos dos trabalhadores”, analisa Cimar Azeredo.

População subutilizada e desalentada é a maior desde 2012

A taxa de subutilização da força de trabalho foi de 25%, a maior desde 2012. Isso representa um grupo de 28,3 milhões de pessoas que reúne os desocupados, os subocupados com menos de 40 horas semanais e os que estão disponíveis para trabalhar, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos.

São mais de 1,5 milhão de pessoas que passaram a ser subutilizadas, uma alta de 5,6% frente ao trimestre fechado em dezembro de 2018. No confronto com igual trimestre do ano anterior, quando havia 27,5 milhões de pessoas subutilizadas, esta estimativa subiu 3%, um adicional de 819 mil pessoas nessa situação.

A subutilização foi puxada pela desocupação e pela força de trabalho potencial. Esta, por sua vez, cresceu devido à entrada de 180 mil pessoas que desistiram de procurar trabalho, chegando a 4,8 milhões de desalentados no primeiro trimestre do ano, o maior contingente da série histórica.

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