Não é mais novidade que a crescente penetração das redes sociais online no Brasil e no mundo, associada à sua forma de interação não-hierárquica e colapsando tempo e espaço, tem impactado o comportamento humano. O modo como nos relacionamos uns com os outros e o modo como nos relacionamos com instituições e empresas têm mudado sensivelmente e impactado praticamente todos os aspectos de nossas vidas. Dos primórdios das redes sociais online até os dias de hoje, temos presenciado transformações e números impressionantes.
O vídeo ‘Social Media Revolution’ mostra de forma muito interessante alguns aspectos dessa transformação e do impacto que as redes sociais online têm causado, como se segue:
- atuar em redes sociais online superou a pornografia como atividade número um na web;
- enquanto o rádio levou 38 anos para atingir uma audiência de 50 milhões de usuário, e a televisão precisou de 13 anos, o Facebook atingiu 100 milhões de usuários em apenas 9 meses;
- se o Facebook fosse um país, estaria entre os 5 maiores países do mundo;
- a rede social QZone, na China, tem mais de 300 milhões de usuários;
- 80% das empresas está usando o LinkedIn como ferramenta para encontrar funcionários;
- o segmento que mais cresce no Facebook é o de mulheres entre 55 e 65 anos;
- algumas celebridades têm mais seguidores no Twitter do que a população de países inteiros, como Noruega, Irlanda e Panamá;
- 25% do resultado de buscas pelas 20 maiores marcas são links para conteúdos gerados por pessoas (UGC – user generated content);
- 34% dos blogs postam opiniões sobre produtos e marcas;
- 78% dos consumidores confiam nas recomendações de amigos sociais, enquanto apenas 14% confiam em propaganda;
- mais de 1,5 milhões de peças de conteúdo (links, notícias, posts de blogs, notas, fotos, etc.) são compartilhados diariamente no Facebook.
O vídeo foi produzido pelo autor do livro “Socialnomics”, Erik Qualmann, que inspirado na frase “It’s the economy, stupid”, de James Caville em 1992, criou a citação:
“It’s a people driven economy, stupid.” – Erik Qualman, 2009
Exatamente. Economia conduzida por pessoas. Não que isso seja uma novidade em si tampouco. De alguma forma, a economia sempre foi conduzida por pessoas, mas não na escala e no grau de distribuição que têm acontecido no cenário digital que se delineia.
Socialnomics é o termo com o qual Qualman descreve a economia na era das redes sociais digitais, onde os consumidores e as sociedades que eles criam online têm uma influência profunda na economia e nos negócios que nela operam.Exemplos interessantes que comprovam as transformações sociais e econômicas causadas pelas redes sociais digitais são apresentados no post “US Now: documentário sobre o poder social“:
a) US Now – um vídeo documentário que conta histórias de redes online que estão desafiando a noção de hierarquia existente.
b) Ebbsfleet United – um clube de futebol gerido por seus fãs via internet;
c) Zopa – um banco no qual todos os membros são o gerente e ajudam em financiamentos e empréstimos com pequenas contribuições;
d) Couch Surfing – uma vasta rede online cujos membros compartilham suas casas com desconhecidos.Com as redes sociais digitais, o jogo da economia está mudando e a primeira e mais importante regra desse novo jogo é a sua dimensão social. Para entender essa regra, é necessário compreender o significado da palavra “social”. Social significa interação de pessoas com pessoas e não empresa-pessoa ou pessoa-empresa. Social significa relacionamento, conquista, engajamento. Social significa ética, respeito e transparência. Social significa “fazer parte de algo”, distribuir o controle. Compreender isso é o primeiro passo para se entender as dinâmicas das redes sociais online e os fatores que têm alavancado a socialnomics.
Com as redes sociais digitais, o jogo da economia está mudando e a primeira e mais importante regra desse novo jogo é a sua dimensão social. Para entender essa regra, é necessário compreender o significado da palavra “social”. Social significa interação de pessoas com pessoas e não empresa-pessoa ou pessoa-empresa. Social significa relacionamento, conquista, engajamento. Social significa ética, respeito e transparência. Social significa “fazer parte de algo”, distribuir o controle. Compreender isso é o primeiro passo para se entender as dinâmicas das redes sociais online e os fatores que têm alavancado a socialnomics.