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Movimento dá voz as mulheres na luta pela desigualdade de gênero no trabalho

Plano de Menina e BETC questionam recrutadores sobre #SALÁRIOIGUAL

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Reprodução

Você sabia que para uma mulher ganhar a mesma coisa que um homem ao longo da carreira é necessário que ela comece a trabalhar 10 anos antes? Para expor esta situação e mudar este cenário, o Plano de Menina, projeto social que dá voz e oportunidades a meninas periféricas de todo Brasil por meio de cursos sobre educação financeira, empreendedorismo, carreira, autoestima, direito, cidadania, entre outros temas, junto com a agência BETC/Havas, criou o movimento #SalarioIgual.

“Iniciamos este movimento para convocar todas as meninas e responsáveis do Brasil a se unirem a nós em busca de mudança e de um futuro aonde mulheres tenham as mesmas oportunidades. O Plano de Menina prepara garotas para ocuparem seus espaços e serem protagonistas de suas histórias. Porém, as empresas e a sociedade estão preparadas para dar espaço a esta menina e valorizar sua potência?” questiona Viviane Duarte, fundadora do Plano de Menina que este mês se tornará Instituto.

Pensada para o ambiente digital, a campanha solicita aos órgãos públicos, empregadores e sociedade para promoverem iniciativas em prol da igualdade salarial entre gêneros. No vídeo, esta disparidade salarial é personificada por Heloísa Teodoro, estudante de 10 anos e aluna do Plano de Menina. Para fazer com que recrutadores de todo o país se confrontem com essa realidade, a meninas marca entrevistas anônimas com eles. Surpreendidos pelo tamanho da candidata quando veem a sua idade, os avaliadores se espantam e ficam sem respostas com as indagações da menina Heloísa.

Veja no vídeo completo as reações dos examinadores: 

MOVIMENTO #SALARIOIGUAL

O Movimento começa em maio e se desdobrará em eventos com empregadores, empresas e iniciativas de acionamento de políticas públicas, entre outras ações durante todo ano. A estratégia de comunicação visa que empresas e órgãos públicos se unam à causa para se tornarem parceiros desta bandeira.

“Para a BETC, é um orgulho participar desta jornada ao lado do Plano. A diferença salarial é uma triste realidade em todos os mercados, e é urgente que façamos algo para mudar esse ambiente. Com este projeto, queremos jogar luz no problema e fazer com as pessoas e empresas despertem em prol da igualdade”, disse Andrea Siqueira, Diretora Executiva de Criação da BETC/Havas.

NÚMEROS QUE MOSTRAM A DESIGUALDADE SALARIAL

No Brasil, em todas as classes sociais as mulheres ainda ganham menos que os homens mesmo em cargos iguais e com as mesmas competências ou superiores que o gênero masculino. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), relativa ao 4º trimestre de 2018, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego no período foi de 11,6%, mas com diferenças significativas entre homens (10,1%) e mulheres (13,5%).

O estudo País Estagnado: um retrato das desigualdades brasileiras, produzido pela Oxfam Brasil, em 2018 com dados de 2017, aponta que a diferença de salários entre os gêneros atinge todas as classes sociais. De acordo com o estudo, as mulheres receberam 70% dos rendimentos dos homens. Isso significa 30% a menos pagando os mesmos impostos e desempenhando as mesmas funções. No recorte do estudo que considera os 50% da população brasileira mais pobres, as mulheres tiveram renda equivalente a 75% da média obtida pelos homens neste segmento.

Na classe mais rica, ou seja, a parcela de 10% dos trabalhadores, a variação foi ainda pior. Em 2017, as mulheres receberem o equivalente a 60% dos salários dos homens, enquanto em 2016, foram 69%. Os pesquisadores dizem que a estrutura cultural do brasileiro, o machismo e preconceito são os principais responsáveis por esta disparidade. Quando falamos em mulheres negras os números são ainda mais alarmantes e a disparidade ainda mais cruel.

De acordo com a pesquisa “O Desafio da Inclusão”, do instituto Locomotiva divulgada em 2017, o salário de uma mulher negra com o ensino superior concluído é, em média, R$ 2,9 mil. Para efeito de comparação dentro desse cenário, o de mulher branca é R$ 3,8 mil; o de um homem negro, R$ 4,8 mil; e o de um homem branco, R$ 6,7 mil.

“Precisamos falar sobre isso e buscar iniciativas positivas todos juntos para esta mudança que impactará em diversos resultados positivos para a sociedade. Uma menina que tem autonomia financeira pode mudar para melhor, além de sua história, todo seu entorno e o PIB de seu país” conclui Viviane Duarte, idealizadora do Plano de Menina.

FICHA TÉCNICA

Título: The Youngest Candidate

Anunciante: Plano de Menina

Produto: Institucional

Agência: BETC/Havas

CCO: Erh Ray

Diretora Executiva de Criação: Andrea Siqueira

Diretores de Criação: Alexandre Kazuo, Lucas Ribeiro

Criação & Conteúdo: Guilherme Possobon, Victor Castelo

Marcas & Negócios: Camila Nakagawa

Comunicação & PR: Camila Nakagawa, Natalia Oska

Produção: Anna Ferraz, Catia Nucci

Produtora Filmagem: Trator Filmes

Produtor Executivo: Gabriela Lemos, Armando Ruivo

Diretora: Julia Cruz

Montador Agência: Tiago Hasegawa

Produtora/Som: Cabaret

Produção Musical: Letícia Medeiros

Produção Executiva: Lu Novelli

Aprovação Cliente: Viviane Duarte, CEO do Plano De Menina

Sobre o Plano de Menina

Projeto social criado pela comunicóloga e jornalista Viviane Duarte em 2016, com o objetivo de dar protagonismo e contribuir com meninas das periferias de todo Brasil por meio de cursos técnicos, workshops e outras iniciativas para que as mesmas acessem espaços na sociedade onde possam ter oportunidades e crescimento profissional, assim como autonomia de suas vidas por meio de crescimento profissional. O projeto conta com uma rede de voluntária de diferentes áreas do conhecimento como juízas, promotoras de justiça, publicitárias, economistas, empreendedoras, executivas, engenheiras, médicas, entre outras que ministram aulas com temas como autoestima, educação financeira, carreira, programação, empreendedorismo, direitos, entre outros temas. Neste mês de maio, o Plano de Menina torna-se instituto e promoverá diversas ações ao longo do ano, como a atuação em 10 Estados no país.

Sobre a BETC/Havas

Fundada na França em 1994, a BETC é uma das maiores e mais premiadas agências do mundo. Com escritórios em Paris, Londres e Los Angeles, chegou a São Paulo em 2014. A unidade brasileira, que em 2017 passou a atuar sob a bandeira BETC/Havas após incorporar a Havas Worldwide, é presidida pelo sócio e fundador Erh Ray, à frente de uma equipe multidisciplinar que atende os clientes Citroën, Dzarm, Fundação Pró-Sangue, Fox Filmes, Hering, Hershey’s, Jequiti, LVMH, Parmalat, Pão de Açúcar, PepsiCo, Peugeot, TrendFoods e Reckitt Benckiser, assim como Alelo, Livelo e Veloe do Grupo Elopar.

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