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Em março, as exportações de bens totalizaram US$18,1 bilhões, redução de 9,7% em comparação com 2018

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1. Balanço de pagamentos

Em março de 2019, o déficit em transações correntes totalizou US$494 milhões, ligeiramente inferior ao ocorrido em março de 2018, US$666 milhões. Apesar da retração no superávit comercial, de US$6,0 bilhões para US$4,5 bilhões, houve recuo nos déficits das contas de serviços, de US$2,8 bilhões para US$2,1 bilhões, e de renda primária, de U$4,0 bilhões para US$3,3 bilhões. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em março de 2019 somou US$13,7 bilhões (0,73% do PIB), resultado próximo ao registrado no mês anterior (US$13,9 bilhões, 0,74% do PIB).  

Em março, as exportações de bens totalizaram US$18,1 bilhões, redução de 9,7% ante o mês correspondente de 2018. A evolução recente das exportações reflete, dentre outros fatores, menores vendas de manufaturados no mercado argentino, e interrupção da produção de minério de ferro em algumas unidades domésticas. As importações de bens somaram US$13,6 bilhões, recuo de 3,7%, na mesma base de comparação. No mês não houve operações relativas ao Repetro, assim como em março de 2018. No primeiro trimestre, ante mesmo período de 2018, as exportações recuaram 2,6%, enquanto as importações aumentaram 0,6%.

O déficit na conta de serviços atingiu US$2,1 bilhões no mês, redução de 25,6% na comparação interanual. Destacaram-se as retrações nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, de U$1,3 bilhão para US$1,1 bilhão, influenciado em parte pelo processo de nacionalização de plataformas de petróleo; de viagens, de US$980 milhões para US$758 milhões; e de transportes, de US$489 milhões para US$354 milhões. No acumulado do ano, até março, o déficit em serviços reduziu 18,4% relativamente ao mesmo período de 2018, alcançando US$6,7 bilhões.

Em março de 2019, o déficit em renda primária reduziu 19,2% na comparação com mesmo mês do ano anterior, somando US$3,3 bilhões. Os gastos líquidos com juros atingiram US$1,1 bilhão no mês, aumento de 10,7% na comparação interanual, com expansão nas despesas brutas e nas receitas de remuneração das reservas internacionais. Por outro lado, os gastos líquidos em lucros e dividendos somaram US$2,2 bilhões, queda de 29,0% em relação ao mesmo mês de 2018, destacando-se as menores despesas de lucros associadas ao investimento em carteira. No acumulado do ano, houve redução de 7,6% no déficit em renda primária, para US$11,5 bilhões.

Os investimentos diretos no país (IDP) acumularam ingressos líquidos de US$6,8 bilhões no mês, ante US$7,8 bilhões em março de 2018. No mês, os ingressos líquidos foram compostos de US$4,0 bilhões em participação no capital e US$2,9 bilhões em operações intercompanhia. Nos últimos doze meses, os ingressos líquidos de IDP totalizaram US$88,5 bilhões, equivalentes a 4,72% do PIB. No primeiro trimestre de 2019, os ingressos líquidos de IDP somaram US$21,1 bilhões, ligeiramente superiores àqueles observados em mesmo período de 2018, US$20,9 bilhões.

No mês, as saídas líquidas de investimentos em ações, fundos de investimento e títulos de dívida negociados no mercado doméstico somaram US$204 milhões, acumulando ingressos líquidos de US$10,5 bilhões em 2019, até março, após saídas líquidas de US$5,2 bilhões e US$4,5 bilhões ocorridas, na ordem, em novembro e dezembro de 2018. Nos doze meses encerrados em março de 2019, as saídas líquidas atingiram US$4,4 bilhões, inferiores às saídas líquidas de US$12,0 bilhões ocorridas no acumulado de doze meses até fevereiro de 2019. 

2. Reservas internacionais

O estoque de reservas internacionais atingiu US$384,2 bilhões em março de 2019, correspondendo a 354% da dívida externa de curto prazo residual (exceto operações intercompanhia e títulos de dívida negociados no mercado doméstico). A expansão de US$5,7 bilhões relativamente ao mês anterior decorreu de retorno líquido em operações de linhas com recompra, US$ 3,1 bilhões, receitas de juros (US$653 milhões), e variações por preços, positivas em US$2,5 bilhões. As variações por paridade reduziram o estoque de reservas em US$591 milhões. O estoque de linhas com recompra recuou para US$7,9 bilhões em março de 2019.

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