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Ações da Vale despencam mais de 16%, mineradora tem bens bloqueados e suspende pagamento de bônus a acionistas

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Reprodução

O índice Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 (Bolsa de Valores), opera hoje (28), em queda de 1,60% ao atingir 96.111 pontos. As ações mais negociadas são as da empresa Vale que apresentam queda de mais de 16%.

Na última sexta-feira, os papéis da companhia caíram 8,08%, a US$ 13,66, na Bolsa de Nova York. No pior momento da sessão as ações cairam 14%. Em São Paulo, devido ao feriado de aniversário da cidade, não houve pregão.

Na B3, os papéis da mineradora acumulavam alta de 10,1% desde o início do ano até o dia 24. Na bolsa de valores americana, os papéis subiram 12,7% no mesmo período.

A queda ocorre após a divulgação do rompimento de uma das barragens da companhia, na Mina do Feijão, próxima ao Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Minas Gerais.

Dólar
A moeda americana é negociada neste momento a R$ 3,76 (R$ 3,7626), com variação de positiva 0,02% em relação ao pregão anterior.

Após a tragédia do rompimento de uma barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), na sexta-feira (25), que deixou pelo menos 58 mortos, a mineradora Vale, responsável pela barragem, enviou dois fatos relevantes para a Bolsa de Valores de São Paulo. Os comunicados ao mercado financeiro foram feitos na noite de ontem (27), após reunião extraordinária do Conselho Adminstrativo da empresa.

O primeiro informa sobre a decisão da Justiça de bloquear bens da mineradora no valor total de R$11 bilhões, além de determinar que a Vale “adote as medidas necessárias para garantir a estabilidade da barragem VI do Complexo Mina do Córrego do Feijão, se responsabilize pelo acolhimento e integral assistência às pessoas atingidas”, dentre outras obrigações, informa o comunicado.

A empresa informa também que recebeu sanções administrativas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), no valor de R$ 250 milhões, e pelo Estado de Minas Gerais, em R$ 99 milhões.

O segundo comunicado informa sobre a constituição de dois Comitês Independentes de Assessoramento Extraordinário (Ciae) ao Conselho de Administração. O Ciae de Apoio e Reparação acompanhará as providências tomadas para assistência às vítimase e recuperação da área atingida. O Ciae Apuração se dedicará a buscar as causas e responsabilidades pelo acidente. Ambos serão coordenados e compostos por “maioria de membros externos, independentes, de reputação ilibada e com experiência nos temas de que se ocuparão, a serem indicadas pelo Conselho”.

O Conselho determinou também a suspensão da Política de Remuneração aos Acionistas, ou seja, o não pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio, bem como deliberações sobre recompra de ações. Além disso, foi suspenso o pagamento da remuneração variável aos executivos.

A Vale encerra o comunicado informando que o Conselho de Administração “permanece em prontidão e acompanhando a evolução dos eventos relativos ao rompimento da barragem e tomará as medidas adicionais necessárias”.

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